Em jeito de balanço do congresso podemos concluir que as novidades são poucas. Este congresso não melhorou a democracia interna, não deu os sinais necessários a um maior alargamento com vista a ampliar as lutas, regrediu na exigência da revogação do Código Bagão, ficando-se pela revogação das normas mais gravosas (quais?) e, não clarificou o seu posicionamento internacional, mantendo um pé na FSM (Federação sindical que canta loas à liberdade sindical em Cuba e na China) e outro na CSI.
Quem esteve lá dentro e quem não esteve, (mas acompanhou de fora por opção ou exclusão), sentiu que “dar mais força aos sindicatos” queria dizer para muit@s delegad@s “ dar mais força ao PCP”. O PCP saiu reforçado deste Congresso, o espaço da CGTP por este caminho tende a fechar-se progressivamente, ficaram a perder os trabalhadores
Algumas notas:
a) Os delegados ao congresso salvo muito poucas excepções não foram eleitos, foram nomeados pelas direcções sindicais recaindo a participação nos dirigentes a tempo inteiro
b) Os documentos aprovados seguem uma linha de continuidade: - O programa de acção refere que é preciso exigir a revogação das normas mais gravosas do Código Bagão e, mantém a linha da não filiação em nenhuma organização internacional; Os estatutos não foram alterados; a carta reivindicativa embora referindo as principais questões que afectam os trabalhador@s e a população, continua na linha da exigência apenas das normas mais gravosas do Código e faz um elenco exaustivo de matérias, sem priorizar reivindicações ou eleger questões principais em torno das quais se deve alargar e intensificar a luta pela melhoria das condições de vida e de trabalho, pois essa parte fica para servir o calendário politico dos mesmos de sempre, o PCP:
c) O Programa de Acção foi aprovado com 90 abstenções; Na especialidade o Capitulo 5 – alterações sobre a União Europeia. – apresentado por 7 sindicatos reuniram o apoio de 66 delegados. Sobre o Capítulo 6 onde estava integrado a proposta de adesão à Confederação Sindical Internacional, o apoio reunido foi de 9 sindicatos, ou seja mais o SPGL e os Pescadores e 112 delegados.
d) O conselho nacional mantém a composição (em termos de correntes de opinião) do anterior embora tenham entrado 47 novos membros. Dos 147 que compõem o CN, dois terços pertencem à corrente do PCP. Realce-se que houve sindicatos como o SINTTAV que diminuiu a sua representação de 2 para 1 e o SINTAV ficou sem qualquer representante só porque o elemento, a ser proposto e eleito por unanimidade, não pertence ao PCP.
e) As intervenções de delegados/as foram feitas como sempre. Falaram os representantes dos sindicatos que tinham propostas de alterações, as outras intervenções foi a Mesa do congresso que fez a triagem. Assim resultou que tiveram prioridade as intervenções encomendadas pelo CN, pelas Uniões de Sindicatos, pelas Federações e pelos Sindicatos ficando sem possibilidade de falar um número significativo de delegados.
f) No decorrer do Congresso foi anunciado a constituição de uma nova tendência sindical apartidária liderada Ulisses Garrido e António Avelãs e João Lourenço.
g) Carvalho da Silva para já contínua, mas muito mais “policiado” e admite a realização de um congresso extraordinário a meio do mandato.
Se alguma coisa resulta deste Congresso é a necessidade de levar à pratica o muitos já defendem, aprofundar a discussão sindical a nível nacional e sectorial, criar um sindicalismo alternativo no seio da CGTP, e colocar esta o mais rapidamente possível ao serviço exclusivamente dos Trabalhadores.
António Chora
13 comentários:
Estive no Congresso - ouvi atentamente a maior parte das intervenções. Relativamente à dita "triagem" e funcionamento dos trabalhos, não ouvi criticas nem suspeições com a dimensão que referes. Ouvi propostas e argumentos diversos na sua defesa, todas sem o conteúdo acintoso, injusto e vaidoso que nestas últimas semanas tens usado.
Diz o que quiseres, mas nesse estilo que o Expresso e o Van Zeler tanto gostam, não me apanhas em mais contraditas.
FINALMENTE ALGUÉM COLOCA ORDEM NA CASA.
Boa Broncas, finalmente alguém diz a verdade a esse sr chora.
O Toino até dá saltos de contente.
És o maior Broncas.
Só falta continuarem a chamar bufo ao homem que foi preso por ser acusado da carta armadilhada ao Vitor de Sousa.
Sim senhor, a estratégia do Toino em denegrir sem apresentar provas do que afirma, é já uma prática corriqueira de uns certos senhores que se acham donos e representantes exclusivos dos trabalhadores.
Chama-se a isto calcorrear mato.
Ao fim de tanto ler e ouvir sobre o dito cujo...Faz lembrar o sapo que para saltar o rasto do boi levou três dias a estudar como o havia de fazer.Ao fim desses três dia lá saltou, não conseguindo o seu objectivo. Caindo no centro do buraco, e, depois de meditar um pouco, largou esta: o que fez isto foi a pressa...
Está concorrido, sim senhor.
custa muito ler as verdades, mas que foram impedidos de falar muitos dos delegados que não alinhavam pela batuta da organização lá isso foram e tu Broncas que sabes como isso se faz teres a "lata" de vieres põr isso em causa é que admira, no minimo lias e lalávas para não te ficar tão mal.
Essa de andares na batuta do Expresso etc. e tal eu sei que é proibido ler esses jornais da burguesia que fazem opinião e podem fazer a tua, mas deves ler esse como religiosamente lês o mais censurado dos jornais portugueses o Avante, e saberes hoje, como no tempo do fascismo ler nas entrelinhas de ambos para conseguires a verdade.
...(?!)... vulgares,vulgarissimas basófias.
Quando a CGTP e a UGT deixarem de ser apêndices dos respectivos partidos políticos que as controlam aí talvez valha a pena falar de Sindicalismo e Democracia no mesmo.
Até lá... vulgares, vulgarissimas basófias! Certamente.
E antes dos normais insultos.
1. Não sou do BE.
2. Tanto me faz que malhem no Chora ou não
Questões para os sindicalistas:
1. Quantos associados têm realmente hoje em dia os sindicatos que compôem as federações sindicais?
2. A que percentagem da população trabalhadora correspondem?
3. Quantos são, simultâneamente, militantes de partidos e de quais?
O resto é vento.
Força Broncas nunca te deixes intimidar por dizeres a verdade
Este mário da silva é engrançado. Anti-partidos, parece que os sindicalizados não podem ter partidos ou se tiver militância devem ser considerados de outra forma. Assim nascem as ditaduras.
parabéns à CGTP!
O Mário Silva É sempre bem aparecido... o que seria do Benfica se não existisse o F.C. do Porto?...
Em Democracia é preciso exercitar a pinha.
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