terça-feira, fevereiro 19, 2008

Opinião - CGTP – Tudo ou, quase tudo na mesma

António ChoraEm jeito de balanço do congresso podemos concluir que as novidades são poucas. Este congresso não melhorou a democracia interna, não deu os sinais necessários a um maior alargamento com vista a ampliar as lutas, regrediu na exigência da revogação do Código Bagão, ficando-se pela revogação das normas mais gravosas (quais?) e, não clarificou o seu posicionamento internacional, mantendo um pé na FSM (Federação sindical que canta loas à liberdade sindical em Cuba e na China) e outro na CSI.
Quem esteve lá dentro e quem não esteve, (mas acompanhou de fora por opção ou exclusão), sentiu que “dar mais força aos sindicatos” queria dizer para muit@s delegad@s “ dar mais força ao PCP”. O PCP saiu reforçado deste Congresso, o espaço da CGTP por este caminho tende a fechar-se progressivamente, ficaram a perder os trabalhadores

Algumas notas:

a) Os delegados ao congresso salvo muito poucas excepções não foram eleitos, foram nomeados pelas direcções sindicais recaindo a participação nos dirigentes a tempo inteiro

b) Os documentos aprovados seguem uma linha de continuidade: - O programa de acção refere que é preciso exigir a revogação das normas mais gravosas do Código Bagão e, mantém a linha da não filiação em nenhuma organização internacional; Os estatutos não foram alterados; a carta reivindicativa embora referindo as principais questões que afectam os trabalhador@s e a população, continua na linha da exigência apenas das normas mais gravosas do Código e faz um elenco exaustivo de matérias, sem priorizar reivindicações ou eleger questões principais em torno das quais se deve alargar e intensificar a luta pela melhoria das condições de vida e de trabalho, pois essa parte fica para servir o calendário politico dos mesmos de sempre, o PCP:

c) O Programa de Acção foi aprovado com 90 abstenções; Na especialidade o Capitulo 5 – alterações sobre a União Europeia. – apresentado por 7 sindicatos reuniram o apoio de 66 delegados. Sobre o Capítulo 6 onde estava integrado a proposta de adesão à Confederação Sindical Internacional, o apoio reunido foi de 9 sindicatos, ou seja mais o SPGL e os Pescadores e 112 delegados.

d) O conselho nacional mantém a composição (em termos de correntes de opinião) do anterior embora tenham entrado 47 novos membros. Dos 147 que compõem o CN, dois terços pertencem à corrente do PCP. Realce-se que houve sindicatos como o SINTTAV que diminuiu a sua representação de 2 para 1 e o SINTAV ficou sem qualquer representante só porque o elemento, a ser proposto e eleito por unanimidade, não pertence ao PCP.

e) As intervenções de delegados/as foram feitas como sempre. Falaram os representantes dos sindicatos que tinham propostas de alterações, as outras intervenções foi a Mesa do congresso que fez a triagem. Assim resultou que tiveram prioridade as intervenções encomendadas pelo CN, pelas Uniões de Sindicatos, pelas Federações e pelos Sindicatos ficando sem possibilidade de falar um número significativo de delegados.

f) No decorrer do Congresso foi anunciado a constituição de uma nova tendência sindical apartidária liderada Ulisses Garrido e António Avelãs e João Lourenço.

g) Carvalho da Silva para já contínua, mas muito mais “policiado” e admite a realização de um congresso extraordinário a meio do mandato.


Se alguma coisa resulta deste Congresso é a necessidade de levar à pratica o muitos já defendem, aprofundar a discussão sindical a nível nacional e sectorial, criar um sindicalismo alternativo no seio da CGTP, e colocar esta o mais rapidamente possível ao serviço exclusivamente dos Trabalhadores.

António Chora

13 comentários:

O Broncas disse...

Estive no Congresso - ouvi atentamente a maior parte das intervenções. Relativamente à dita "triagem" e funcionamento dos trabalhos, não ouvi criticas nem suspeições com a dimensão que referes. Ouvi propostas e argumentos diversos na sua defesa, todas sem o conteúdo acintoso, injusto e vaidoso que nestas últimas semanas tens usado.
Diz o que quiseres, mas nesse estilo que o Expresso e o Van Zeler tanto gostam, não me apanhas em mais contraditas.

Anónimo disse...

FINALMENTE ALGUÉM COLOCA ORDEM NA CASA.

Anónimo disse...

Boa Broncas, finalmente alguém diz a verdade a esse sr chora.

Anónimo disse...

O Toino até dá saltos de contente.
És o maior Broncas.
Só falta continuarem a chamar bufo ao homem que foi preso por ser acusado da carta armadilhada ao Vitor de Sousa.
Sim senhor, a estratégia do Toino em denegrir sem apresentar provas do que afirma, é já uma prática corriqueira de uns certos senhores que se acham donos e representantes exclusivos dos trabalhadores.

Anónimo disse...

Chama-se a isto calcorrear mato.
Ao fim de tanto ler e ouvir sobre o dito cujo...Faz lembrar o sapo que para saltar o rasto do boi levou três dias a estudar como o havia de fazer.Ao fim desses três dia lá saltou, não conseguindo o seu objectivo. Caindo no centro do buraco, e, depois de meditar um pouco, largou esta: o que fez isto foi a pressa...

k7pirata disse...

Está concorrido, sim senhor.

Anónimo disse...

custa muito ler as verdades, mas que foram impedidos de falar muitos dos delegados que não alinhavam pela batuta da organização lá isso foram e tu Broncas que sabes como isso se faz teres a "lata" de vieres põr isso em causa é que admira, no minimo lias e lalávas para não te ficar tão mal.
Essa de andares na batuta do Expresso etc. e tal eu sei que é proibido ler esses jornais da burguesia que fazem opinião e podem fazer a tua, mas deves ler esse como religiosamente lês o mais censurado dos jornais portugueses o Avante, e saberes hoje, como no tempo do fascismo ler nas entrelinhas de ambos para conseguires a verdade.

O Broncas disse...

...(?!)... vulgares,vulgarissimas basófias.

Anónimo disse...

Quando a CGTP e a UGT deixarem de ser apêndices dos respectivos partidos políticos que as controlam aí talvez valha a pena falar de Sindicalismo e Democracia no mesmo.

Até lá... vulgares, vulgarissimas basófias! Certamente.

Anónimo disse...

E antes dos normais insultos.

1. Não sou do BE.
2. Tanto me faz que malhem no Chora ou não

Questões para os sindicalistas:
1. Quantos associados têm realmente hoje em dia os sindicatos que compôem as federações sindicais?
2. A que percentagem da população trabalhadora correspondem?
3. Quantos são, simultâneamente, militantes de partidos e de quais?

O resto é vento.

Anónimo disse...

Força Broncas nunca te deixes intimidar por dizeres a verdade

Anónimo disse...

Este mário da silva é engrançado. Anti-partidos, parece que os sindicalizados não podem ter partidos ou se tiver militância devem ser considerados de outra forma. Assim nascem as ditaduras.

parabéns à CGTP!

Anónimo disse...

O Mário Silva É sempre bem aparecido... o que seria do Benfica se não existisse o F.C. do Porto?...
Em Democracia é preciso exercitar a pinha.