Ontem o Secretário Geral da CGTP, anunciou estar disponível para continuar no Conselho Nacional da CGTP, logo a continuar no lema da maior Central Sindical, o que na minha opinião faz todo o sentido. No entanto, espero que seja nas condições de continuação de projecção para um sindicalismo cada vez mais ao serviço dos e para os trabalhadores como tem tentado fazê-lo.
Na sua caminhada de fortalecimento da CGTP, seria muito satisfatório, o facto da central entrar para a Confederação Europeia de Sindicatos, porque a realidade dos nossos tempos e dos que virão necessitamos cada vez mais de Sindicatos Unidos na Europa e no Mundo.
Mas, um Sindicato ao serviço dos trabalhadores tem forçosamente de contar com activistas sindicais ao lado dos trabalhadores, não com activistas que nem a quadros de empresas pertencem.
Um sindicato autónomo tem de contar nas suas fileiras com aqueles que estão dentro das empresas, sentem o pulsar das necessidades dos trabalhadores, dos seus interesses e defendem os seus direitos mais próximo destes. Não quero dizer que muitos activistas não o façam, mas outros há que estão muito afastados daquilo que uma empresa pretende, que tipo de resposta os trabalhadores devem dar a cada questão, a cada problema, é diferente de empresa para empresa os problemas que existem e as formas dos resolver e enfrentar.
Portanto, conto que o Congresso da CGTP nos dias 15 e 16 de Fevereiro, fortaleça a Central Sindical e que o caminho seja, cada vez mais, de união entre os trabalhadores com o sindicato, de mais sindicalizados e activistas que apresentam trabalho, principalmente os que estão dentro de cada empresa. Para que tal aconteça, é necessário estar mais pertos dos trabalhadores dar mais autonomia à CGTP e olhar de baixo para cima ouvindo os trabalhadores e não tomar decisões de cima para baixo em que muitas vezes os trabalhadores se sentem cansados de ouvir sempre o mesmo e desacreditam.
Daniel Bernardino
Coordenador da Comissão de Trabalhadores da Faurecia
Parque Industrial Autoeuropa
3 comentários:
Qual o sentido de tar quase 30 anos a mandar. Isto parece o Estalinismo, mesmo sabendo que as aletrnativas talvez não fossem melhores, é preciso ter vergonha na cara para tar tanto tempo no poder.
O Senhor anónimo tem razão - a mandar durante 30 anos está mal, muito mal... só que na CGTP o coordenador, agora secretário geral, nunca mandou nem manda nada. Mais, nem quer mandar.
E como estamos em Portugal, tal apreciação cheira-me a Salazarismo.
ESTE POST CORRESPONDE ÁS IDEIAS DE SOARES.
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