segunda-feira, janeiro 07, 2008

O COBERTOR

O Banco de Portugal tem vindo a cobrir e a encobrir as maiores "negociatas" verificadas no país nestes últimos 30 anos.

Hoje e após o acordo entre o PS e o PSD sobre o sector da justiça - de onde já produziram leis benevolentes e maiores condicionalismos à investigação de "manobras financeiras", casos que até deixaram de ser considerados crimes, que até libertou os infractores do risco da prisão preventiva. Tudo se tornou mais fácil para os campeões da usura financeira.

Mas como a usura não lhes basta, com a conivência do Governo/Estado e a cobertura do Banco de Portugal, fazem sem gastar um cêntimo, negócios fantásticos, cuja dimensão não é perceptivel a quem neste país ainda está impedido de governar a vida fazendo contas em euros.

O caso BCP é ilustrativo, - tratando-se já de uma novela com enredo complexo, pelo despudor e sinistrismo que envolve, demonstra bem a podridão que alastra em instituições imprescindiveis ao funcionamento de toda a sociedade, sem que o Pres. da Republica, Assembleia e Governo adoptem medidas, - accionando os meios legais que estão ao seu alcance para impedir tais práticas.

Até este momento o que se percebe dos principais orgãos de soberania, nomeadamente do Governo, é a conivência silenciosa, própria da visão fundamentalista neo-liberal, que permite e faculta que em nome da "liberdade" os poderosos estejam autorizados a roubar à vontade.

A BANCA PRIVADA aí está no seu melhor, pela gestão de ex-secretários e ministros que viraram banqueiros, atingindo indices de acumulação financeira superiores à média europeia - sendo hoje as instituições mais expeditas e eficazes a extorquir o Povo e o País.

Porque de Extorsionários se trata, o Ministério Público acabará por ter de ordenar mandatos de captura, em nome do que resta da democracia.

Sem comentários: