Acontece por vezez abominar o trabalho. Este fim semana vai ter desses dias que até vão entrar pela noite. Mas os compromissos, as dificuldades e também o respeito pelo trabalho, que mesmo abominado, não deixa de ser uma tarefa sublime - retira-me a possibilidade de assistir a este concerto,cuja sonoridade promete beleza, sobrando apenas a certeza, de trazer mais uns escudos para casa.
Eu disse escudos e não euros. Exactamente para evitar desaires financeiros, optámos por recomeçar cá em casa a fazer contas em escudos, não por preconceitos de origem politica ou ideológica, mas porque concluímos que ao fim de cada mês, que muitas vezes têm 35, 40 e mais dias, entra o mesmo que há 10 anos atrás. Ora perante isto, e apesar das presidências portuguesas da UE, nós, os de cá de casa ainda não atinjimos o luxuoso patamar de cidadãos europeus, onde nem sequer a cobertura de uma varêta do propalado chapéu do euro, tivemos. Como não cultivamos a vaidade, não copiamos o Sócrates - o avio vem da Cooperativa e o resto, bem o resto vem quase tudo das lojas dos Chineses. É verdade que pagamos em euros, mas continuamos a fazer contas em escudos.
Ao que parece vai manter-se, pois os bens essenciais vão ter aumentos de 2,6 a 30%, e as taxas de juro lá do BCE, vão continuar a subir.
Mesmo assim, gostava de assistir ao Concerto.
4 comentários:
Angola é nossa? E Rio Frio?
http://berbequim.wordpress.com/2008/01/12/angola-e-nossa-e-rio-frio-e-de-quem/
Pois é!
Não é só na sua casa que as contas são feitas em escudos. A maioria dos portugueses, pelo menos os que só vivem do ordenado (curtinho) ao fim do mês de " cidadãos europeus " só têm o nome.
É pena que não possa ir ao concerto, ainda por cima com entrada livre ...
Um abraço
Pois é, quando maomé não vai à montanha, vai a montanha a Maomé.
Tu nã foste ao concerto ver o padre, mas o padre foi-te ver ao almoço do Faim.
Não foste ao almoço porque não quiseste!
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