segunda-feira, janeiro 28, 2008
Foi a destempo...
Já passaram três anos em que Manel Luís por decisão da natureza se foi embora. Foi uma decisão a destempo, não apenas pela idade, mas porque espécimes como ele fazem por cá muita falta.
São muitos os que o recordam, como aquele que há poucos dias não retendo as lágrimas me disse: - dia 29 vou à campa do Manel, vou levar-lhe um ramo de cravos vermelhos!
Convívi com ele partilhando trabalho e lutas a partir dos tempos da Agitprop e do PREC, isto ainda na era do cetencil,- em que a consciência de classe fortalecia a consciência politica, em que a generosidade não deixava espaço ao oportunismo.
Nunca foi um politico eleito, como politico nem isso lhe passou pela cabeça. Era um bom pedreiro, um bom companheiro de trabalho. Por inteligência e intuição próprias, sem sequer ter a instrução oficial, o obscurantismo da ditadura não o moldou. Rijo pela dureza do trabalho que já vinha desde a infância, com um carácter tirado a prumo que se traduzia na firmeza das convicções. Manel Luís foi um hopmem civilizado, completo e moderno, - era Militante Comunista!
E é exactamente por ser um exemplo, em que a força vem apenas de atitudes e coisas tão simples, que hoje aqui o lembro e amanhã tantos companheiros o vão lembrar.
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