segunda-feira, maio 15, 2006

Unidos Contra As Touradas

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Passo a transcrever um e-mail chegado à nossa caixa de correio para divulgação:

"Caros (as) amigos(as),

Como é do conhecimento geral dia 18 do corrente mês reabre a praça de touros do campo pequeno, em Lisboa. Esta praça, que se encontrou encerrada durante 5 anos, volta agora a disponibilizar o habitual espectáculo de sofrimento e tortura de animais sensíveis a que as touradas já nos habituaram.

É lamentável que em pleno século XXI se opte por promover espaços comerciais associados a comportamentos anti-pedagógicos e de fraco valor cultural em detrimento do enriquecimento educacional e cultural. Porque convenhamos, num país com tanta fome cultural, encontraríamos facilmente outras formas de melhor entreter as nossas gentes.
Porquê a promoção de sofrimento animal como entretenimento e não a promoção de verdadeira arte, como pintura, escultura, teatro, etc..? Porquê insistir em rotular os portugueses como apoiantes de tradições bárbaras, como é o caso das touradas, quando cada vez é maior o número de pessoas que se opoêm a este espectáculo degradante?

Por muito que alguns tentem apresentar argumentos de tradição e cultura, podemos constatar pela evolução social que temos observado que este tipo de espectáculo tem o seu fim muito próximo. Não poderemos ambicionar por um ser humano evoluído e capaz de responder de forma responsável e consciente aos problemas do mundo enquanto nos mantivermos presos a comportamentos retrógados e pouco dignificantes para o Homem, enquanto espécie intelectualmente superior.

Sabemos que são muitos os que rejeitam esta realidade como um legado cultural e tradicional e desaprovam este novo espaço quem tem muito mais de sofrimento do que de entretenimento, nesse sentido promoveremos esta acção de protesto, que terá lugar no dia 18 de Maio, entre as 20H e as 23H, no campo pequeno, por forma a permitir que essas mesmas vozes se façam ouvir.

Porque acreditamos na união de esforços, esta acção acontecerá em parceria com as seguintes organizações: - LPDA - Liga portuguesa dos direitos do animal, MATP - Movimento Anti-Touradas de Portugal, Midas -Movimento internacional em defesa dos animais, GAIA - Grupo de acção e intervenção ambiental, GLA - Grupo de libertação Animal, Infonature.org, APAAC - Associação de protecção dos animais abandonados do Cartaxo, Instituto Zoófilo Quinta Carbonne e Acção Animal - Movimento pelo direito à vida Animal.

Esta coligação terá como slogan a frase " UNIDOS CONTRA AS TOURADAS".

Apelamos ao espírito de participação e união neste dia especialmente triste para os animais e para a luta que diariamente levamos a cabo em prol da defesa dos seus direitos. Ajude-nos a passar esta mensagem por Portugal inteiro e juntar o máximo número de pessoas em torno deste acontecimento. Urge mostrar realmente que os portugueses estão UNIDOS CONTRA AS TOURADAS.
Junte-se a nós! Participe activamente! Pelos animais, por si, por um mundo mais justo e harmonioso!"

5 comentários:

Anónimo disse...

o Homem gosta sempre de se sentir superior aos (restantes) animais!
É pena esse sentimento de superioridade em vez de haver um sentimento de aconchego e partilha.

Trilby disse...

A tradição não passa de desculpa e como diz o outro, a tradição já não é o que era, senão ainda tínhamos gente a ser chicoteada na praça pública, ou trabalho escravo, ou tantas outras ~"tradições" que evoluiram.

AV disse...

Belos tempos...quando haviam as matinés Cristãs, com os Cristãos a serem devorados por feras, nos circos Romanos...e não se precisava de ir a Badajoz, era ali logo em Mérida, capital da Lusitânia.

AV2

k7pirata disse...

Por cá andam com ideias de lançar uma fundação de aficcionados, se olhassem um pouco mais para tudo o que envolve o concelho talvez se lembrassem das salinas, da cortiça, do rio, etç.
Mas aqui até os cavalos são vaidosos e os cães usam gravata, o que poderiamos esperar?!
Lá virá a célebre festa de Maio com suas "chiquelinas", "passos de peito" e "derechazos".

Anónimo disse...

Neste momento estou possuído pela curiosidade de conhecer os fundamentos antropológicos da tauromaquia como "Marca da Moita". Anúncio feito por um dos fundadores da única revista "côr de rosa" cá do sítio.