Neste fim de semana comprei e li, o Expresso, o Notícias, o Público e até o Correio da Manhã, mas no café ali defronte. Li com atenção o que escreveram Pulido Valente, Sousa Tavares, António Barreto, Mário Mesquita e muitos outros experts menos conhecidos, todos experts fazedores de opinião, gente com saber e tempo p'rá função, gente que sabe mais do que eu.
- Entristeceram-me! Não descortinei em tanto saber um fio inovador, uma fenda, uma nesga, um denominador possível, comum e identificador da lucidez humana, que sem receio de falhar, de certeza que abarca a maioria dos crentes islâmicos, dos crentes cristãos, dos crentes de todas as religiões mais os não crentes como eu.
Podem até eles dar saltos e pinotes, gozarem os seus escritos, mas encontram-se já distantes da hipótese de reflectir. A sua reflexão está condicionada ao bem bom do luxo da "liberdade de expressão" com a barriga cheia, piscina para ir a banhos e férias parasídiacas...
Se aos povos e países Árabes, por fenómeno colectivo de consciência social se ajuntassem os netos e bisnetos dos escravos da África, América Latina e demais a Oriente, isto virava um trinta e um, que nem tempo teriam para inventar mais deuses, quanto mais meios para usar à dimensão do seu umbigo a sua "liberdade de expressão".
Os impérios coloniais existiram, a rapina neocolonial permanece, a aculturação de povos e países são obra dos caricatas tesos desta banda do globo - mataram elefantes e crocodilos, gamaram ouro de todos os lados,fizeram a baixa tabela de preços do algodão, do cacau e do café. Inventaram governantes e capatazes treinando-os no uso do chicote. Impediram que povos de continentes inteiros evoluissem, estúpidos é que
lhes convinha... todos arredados dos bens humanos é o que ainda lhes convém.
- Deixem de ser vaidosos e gulosos á conta dos outros! Lutem pela liberdade para todos! Defendam a liberdade de expressão mais e além do vosso umbigo!
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