é verão
na estação das águas
e dos rumores junto ao cais
faces embriagadas pelo odor
a eterna juventude
os sons e as luas denunciam
a aragem do silêncio
chuvas ácidas, noites carcomidas
pela insónia da lucidez
ah! espantos e horas
turbulentas neves do divergir.
na fina areia dos palácios
por criar, pegaste na rede que te atraiçoa os dias,
a jangada que dá corda ao porto,
tudo na mesma salsugem que te queima a pele.
é verão
na estação dos líquidos,
finos vapores a refrescar a alma.
Benjamim Rodrigues 14/07/2005
1 comentário:
É bonito.
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