Estamos assim "condenados" a continuar a pôr em causa a entropia, através da persistente utilização de energia concentrada - ordenada, disponível e utilizável, que pelo uso se transforma passando a um estado disperso, não disponível e desordenado, energia dissipada e degradada não podendo render trabalho.
Deste modo o que vulgarmente se aceita e designa como"Progresso," assenta na criação de ilhas de ordem aparente, á custa de gerar oceanos de enorme desordem. Qualquer cidadão dos ditos países desenvolvidos, gasta mais de mil vezes a energia de um cidadão de à três séculos.
A lei da entropia tem assim uma enorme importância para percebermos a natureza e as nossas limitações, limitações acrescidas por condicionalismos resultantes do processo de acumulação de riqueza gerido por leis económicas quase "superiormente sacralizadas" que nos têm levado ao disparate de aceitar a falsa ideia da nossa existência depender das fontes de energia não renováveis, caminhando-se assim para o momento em que para obter um barril de petróleo, se consumirá tanta energia como a que daí se vai retirar.
É já hoje por demais evidente a desordem que prevalece no mundo. Cresce a divisão e a estratificação das sociedades em classes e outros sectores sociais arredados de privilégios, confinados a serem "energia dispersa"(?) ,cuja graduação da pobreza fácilmente se determina pela maneira como se estabelece o fluxo de energia em cada sociedade. Vislumbra-se assim que a crise latente das politicas económicas prevalecentes na onda globalizadora, porque contrária ao processo entrópico, mais cedo do que tarde, despoletará a EXPLOSÃO DA DESORDEM.
Com o exemplo de ARACNE e o método Marxista, continuarei nos próximos dias.
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