É para muitos Portugueses(as) o último recurso,
validando o dito "é melhor esmolar que roubar."
Assim a "caridade" vai transformando-se em instrumento institucional, que globalmente vai afastando as pessoas da sua própria dimensão, com a consciência subjugada pela satisfação de uma necessidade elementar, a alimentação diária para si e seus filhos.
Sendo certo que ninguém descirne e luta pelos seus direitos com a barriga vazia, que não assume atitudes socialmente conscientes, tornando assim a "caridade" numa inevitabilidade na actual situação que o país se encontra - também é certo, que não só é a solução mais barata para ofuscar os problemas sociais, como uma ferramenta fundamental de manipulação, para as cínicas elites que nos governam.
Num universo de dois milhões de pobres e mais de um milhão de desempregados cuja maioria não recebe qualquer subsídio, universo que se alarga e aprofunda todos os dias, que no dizer do Babáca de Belém se alongará a mais de vinte anos. Aceitar viver neste conformismo é aceitar a falência da democracia, é viver sem dimensão, sem direitos, na vénia do agradecimento quando a esmola chega.
Por isto: - a bem ou mal temos
de dar a volta por cima!
1 comentário:
Se calhar diria melhor -Num universo de 10 milhões- a andar de marcha em marcha, de manif em manif desde o 25 de Novembro de 75 que até dói...Faz-nos lembrar um Marinheiro natural da Moita na Procissão do Senhor dos Passos na Graça em Lisboa... quando se encontrava a mãe com o filho, ele dizia assim : Ele é culpado se já o ano passado come há grande e á francesa porque cá veio outra vez...? E respondeu a si próprio
O que faz isso é não ter vergonha. é isso mesmo, não temos vergonha alguma...
Valdevibos assina
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