Contráriamente aos meus desejos a situação politica do país, apesar dos baixos parâmetros de vida que a passagem da troyca e traição dos governantes nos vão herdar, em próximas eleições, pela descrença e o ilusionismo eleitoralista, presumo que os vencedores acabem por ser os mesmos de sempre, das elites da alternância.
Mais pobres e ainda por cima sem recursos imediatos, a não ser que da U.E. venha alguma folga, o que é improvável, continuaremos não só amarrados à dívida, como pegados pelo euro e distantes de níveis de crescimento que permitam baixar impostos. Ou seja, num cenário que com mais ou menos simplexes, o país só acolherá investimento interno ou externo pela desregulação laboral e o baixo nível salarial existentes.
As três têtas que disfarçaram décadas de excesso de despesa pública em relação ás receitas do Estado, como: a receita das privatizações; os fundos europeus; o endividamento público. Somadas (receitas extraordinárias) percebe-se que nos ultimos vinte anos financiaram progressos no país nomeadamente em infraestruturas, serviços públicos, educação e saúde, mas também a disbunda cavaquista e dos governos que se seguiram.
Não esqueço os despedimentos colectivos disfarçados de mutuo acordo, pagos com chorudas indemnizações (por vezes triplicando o valor da lei) esvaziando e anulando empresas e sectores; não esqueço o encerramento fraudulento de empresas onde os trabalhadores nada receberam, mas a par facilitavam o acesso à baixa por doença e ás reformas por invalidez. Foi assim na agricultura, nas pescas, na marinha mercante, na industria quimica, na industria naval e metalomecânica ligeira e pesada. Não esqueço a disbunda que foram as reformas antecipadas, sem rei nem roque, quer no público ou no privado - o dinheiro era à pazada, na altura, mas o certo é que fragilizaram os sistemas da segurança social. O regabofe que foi a formação profissional, a dinheirama esvaziada sem sentido sem qualquer controlo, onde até existiu quem estivesse em formação sem o saber, onde muitos casos acabaram em tribunal para aí acabarem prescritos.
Por exemplo se pegarmos no dossier do plano para o desenvolvimento do distrito de setúbal dos anos 90, das empresas que usaram fundos europeus, reparamos que a não ser a Auto Europa e empresas subsidiárias, quase nada sobrou, havendo até muitas que nem sequer chegaram a funcionar - foi mesmo a disbunda, ninguém foi punido.
Agora as têtas mirraram, só dos fundos europeus pingará qualquer coisa, mas a tendência é de redução, dada a diminuição de receitas da União pelo envolvimento de mais países. Quanto ás privatizações, já não há muito para vender, talvez a CGD, o Sol ou a Neve da Serra da Estrela.
Quanto ao endividamento, porque chegámos à fase de quanto mais pagamos mais devemos, a que se junta o cumprimento do Pacto Orçamental da UE com o défice orçamental, não vai haver nêsga para qualquer endividamento liquido adicional por muitos anos.
Mediante isto o Estado vai ter de viver com os seus próprios recursos - taxas, contribuições e impostos - cujo crescimento dependerá da dinâmica que se imprima à economia.
É claro que o modelo de desenvolvimento assente no actual sistema financeiro leva o país ao atraso, à falência, é pois necessário inverter tudo isto - ou somos capazes de o fazer ou nem sequer se manterá a sustentabilidade financeira do Estado Social e até mesmo do sistema de pensões.
A solução está nas nossas mãos:
- Não eleger as elites das alternâncias;
- Muito trabalho e imaginação;
- Luta e mais luta por cada objectivo.
Mais pobres e ainda por cima sem recursos imediatos, a não ser que da U.E. venha alguma folga, o que é improvável, continuaremos não só amarrados à dívida, como pegados pelo euro e distantes de níveis de crescimento que permitam baixar impostos. Ou seja, num cenário que com mais ou menos simplexes, o país só acolherá investimento interno ou externo pela desregulação laboral e o baixo nível salarial existentes.
Inverter este processo, só é possível pela luta, mas a mais forte de que formos capazes.
Não esqueço os despedimentos colectivos disfarçados de mutuo acordo, pagos com chorudas indemnizações (por vezes triplicando o valor da lei) esvaziando e anulando empresas e sectores; não esqueço o encerramento fraudulento de empresas onde os trabalhadores nada receberam, mas a par facilitavam o acesso à baixa por doença e ás reformas por invalidez. Foi assim na agricultura, nas pescas, na marinha mercante, na industria quimica, na industria naval e metalomecânica ligeira e pesada. Não esqueço a disbunda que foram as reformas antecipadas, sem rei nem roque, quer no público ou no privado - o dinheiro era à pazada, na altura, mas o certo é que fragilizaram os sistemas da segurança social. O regabofe que foi a formação profissional, a dinheirama esvaziada sem sentido sem qualquer controlo, onde até existiu quem estivesse em formação sem o saber, onde muitos casos acabaram em tribunal para aí acabarem prescritos.
Por exemplo se pegarmos no dossier do plano para o desenvolvimento do distrito de setúbal dos anos 90, das empresas que usaram fundos europeus, reparamos que a não ser a Auto Europa e empresas subsidiárias, quase nada sobrou, havendo até muitas que nem sequer chegaram a funcionar - foi mesmo a disbunda, ninguém foi punido.
Agora as têtas mirraram, só dos fundos europeus pingará qualquer coisa, mas a tendência é de redução, dada a diminuição de receitas da União pelo envolvimento de mais países. Quanto ás privatizações, já não há muito para vender, talvez a CGD, o Sol ou a Neve da Serra da Estrela.
Quanto ao endividamento, porque chegámos à fase de quanto mais pagamos mais devemos, a que se junta o cumprimento do Pacto Orçamental da UE com o défice orçamental, não vai haver nêsga para qualquer endividamento liquido adicional por muitos anos.
Mediante isto o Estado vai ter de viver com os seus próprios recursos - taxas, contribuições e impostos - cujo crescimento dependerá da dinâmica que se imprima à economia.
É claro que o modelo de desenvolvimento assente no actual sistema financeiro leva o país ao atraso, à falência, é pois necessário inverter tudo isto - ou somos capazes de o fazer ou nem sequer se manterá a sustentabilidade financeira do Estado Social e até mesmo do sistema de pensões.
A solução está nas nossas mãos:
- Não eleger as elites das alternâncias;
- Muito trabalho e imaginação;
- Luta e mais luta por cada objectivo.
2 comentários:
Bom post.
Uma análise simples e concreta, nem os comentadores das TVs.
Estás de parabéns, Broncas.
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