domingo, maio 19, 2013

Ontem visitei a exposição s/ Álvaro Cunhal

Senti-me bem por lá. Descobri alguns detalhes que desconhecia, pois a visita foi demorada, é que a companheira meteu na cabeça em ler quase tudo, o que deste modo resultou em mais de três horas.

Sensibilizou-me particularmente a descrição em video sobre a prisão de Militão Ribeiro, Cunhal e Sofia Ferreira, não só pela descrição que já conhecia, mas por rever a imagem e a voz de Sofia, pessoa que conheci na clandestinidade e com quem trabalhei após 25 de Abril, tal como com o seu companheiro, infelizmente, ambos por decisão da natureza já falecidos.
Lá, apesar de sensibilizado pela recordação, fui acometido por um sentimento de repulsa que me atirou para o presente, para o que se tem de fazer,  impedindo que alguns dos traços mais sinistros do passado surjam hoje a limitar a liberdade e a retroceder os ganhos civilizacionais conquistados com a Revolução de Abril. 

Pela primeira vez observei as pinturas a óleo de Cunhal - sem grandes meios, pintados em madeira ao ponto  de num caso ter aproveitado as duas faces do painel, sendo um destes o meu eleito - uma feira que virou baile. De facto Álvaro Cunhal herdou-nos lindos sonhos, é pois mais um motivo para me sentir mobilizado para estar em Belém no próximo dia 25 de Maio.

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