quarta-feira, maio 15, 2013

Haja tino na Moita...

e alguma decência.
Está a decorrer uma campanha de angariação de fundos para a construção de um monumento em honra da Padroeira da Vila da Moita, a NªSrª da Boa Viagem.

É de supor que a Câmara Munícipal esteja envolvida neste projecto, mais que não seja para fazer cumprir as regras relativas à instalação de mobiliário público, até porque não se deve colocar por aí, à balda tudo o que vem à cabeça de cada um.
Neste caso e para evitar que se concretize mais um embuste, até porque tratando-se de um monumento a instalar no espaço público, onde circulam crentes de outras religiões e muitos até não crentes, é essencial equilibrar a garantia da liberdade religiosa, com o evidente impacto da tradição vincado pela imagem da Padroeira, de cujo projecto deverá emergir um sentido estético, susceptível de ser respeitado e acolhido por todos.
Pois só deste modo se evitará mais um embuste como a do Toiro, nesta terra que nunca teve lezírias; como o mentiroso busto junto à Igreja, que não é a imagem do Padre João.
Da minha parte, por respeito às tradições da minha terra e como defensor da liberdade religiosa, apenas exijo verdade e decência, que no caso significa poder observar no monumento a ser criado, lá plasmada a genuína imagem da NªSª da Boa Viagem, imagem que só por si simboliza a nossa terra e as suas gentes, e não a falsa figura desgrenhada que todos os anos aparece na procissão em sua substituição. 


Pretendo com isto contribuir para parar com as aldrabíces, as falsidades que têm vindo a sustentar várias iniciativas infelizmente com o envolvimento e apoio da própria autarquia. Por exemplo a já famosa Romaria, que mobiliza centenas de pessoas, entusiasmadas pela festa e o convívio e muitas até por opção de fé - no ponto de vista histórico não tem qualquer sustentabilidade, podendo-se afirmar que os fundamentos divulgados são falsos; do mesmo modo que o ainda recente (re)aparecimento de um Círio Marítimo na Moita, (que se sabe nunca ter existido), onde mais uma vez a autarquia se envolveu, cedendo o varino para engrossar o cortejo consagrador de mais esta aldrabíce. 

Estes exemplos, demonstram a necessidade de quebrar este enguiço - a Moita não está condenada a tanto embuste - é que por tão frágeis critérios, não admira nada que daqui a alguns anos alguém se lembre de afirmar que a muralha que resta do célebre dique, sejam os restos de uma muralha de um espelho de água do tempo dos Fenícios.
Sei que não vai ser fácil, pois toda esta ligeireza politica e intelectual, resulta de uma certa prática já cimentada de exercício do poder, de onde prevalecem conceitos pirosos e eleiçoeiros.

- Para quando um monumento ao trabalho rural ?

3 comentários:

Carvalhinho disse...

Nesta terra tudo serve para sacar votos, não há vergonha nenhuma.

Anónimo disse...

É que há quem goste de viver no meio da enxóvia.

Anónimo disse...

E o Nuno Cavaco não aparece a dizer qualquer coisa.