A concertação social é o que sempre foi.
Gerar uma ilusão que apenas serve os interesses dos mais poderosos, iludindo os demais com a ideia de ser possível conciliar o que é inconciliável.
Basta fazer um simples balanço desde que Mário Soares fundou o chamado Conselho de Concertação Social, sem sequer necessidade de grandes detalhes, para se perceber que apenas tem servido para consagrar os objectivos dos sucessivos governos da alternãncia (PS/PSD e algumas vezes com o CDS).
Em tal percurso, destruiram sectores estratégicos da economia do país, esbandalharam os fundos vindos da CEE/UE, forçaram a terciarização do país destruindo a agricultura, as pescas e a industria, cultivaram a futilidade, o individualismo e a inveja diabolizando a capacidade e consciência colectiva dos portugueses, destruiram a justiça em favor de espaço para a impunidade e institucionalizaram os jogos de influência até à dimensão da actual incontrolável corrupção.
O Conselho de Concertação Social esteve quase em todas, algumas pela conivência silenciosa - porém, a democracia está ficando fragilizada na proporção directa da destruição em curso da economia do país. Tudo isto sempre com o apoio da UGT.
Discutem agora se são 18 ou 12 dias/ano de indemnização por depedimento, sabendo-se já que a UGT e o PS aceitam 18 agora e 12 daqui a 5 anos.
Com trafulhas e invertebrados destes, a dita concertação vai continuar a ser a merda que nunca deixou de ser, continuando a consagrar as políticas que apenas servem os mais poderosos.
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