Assisti à última Assembleia Munícipal

Mantive-me até ao fim, ou seja até mais das duas da manhã - sinceramente ainda não deslindei para que é que serviu, além da aprovação do relatório e contas.

A maioria absoluta mais uma vez tendeu de forma escusada e por vezes até estúpida para o absolutismo, estúpida pela grosseria verbal usada e pela forma esforçada como forjava contradições.

Os membros do BE, que usaram a táctica de não dar o flanco à confusão, dispondo-se até a votar favorávelmente todas as moções de saudação ao 1º de Maio e ao 25 de Abril apresentadas, acabaram por ver a sua criticada pela CDU, por alegadamente desvalorizar as greves gerais, isto quando dois deles até pinchagens fizeram a anunciar tais greves.

Este e outros disparates, mostram bem o sectarismo e a opção troglodita dos membros da CDU deste concelho.

Até o Presidente da Mesa, desde procurar inesperadamente instaurar regras não regimentais, constrangedoras da intervenção pública e permitir que os vereadores ditem recados em vez de responder ás perguntas que lhes são feitas, aceitou propostas para a discussão naquela Assembleia, incompatíveis com a ordem de trabalhos, o regimento e a própria lei - o absurdo aconteceu.

Se na discussão das contas, que sem dúvida estão certinhas, lá apareceram os excessos disparatados pela enésima vez do PS, porém, a verdade é que não faltaram os habituais elogios subservientes e desconexos, a par da generalização de criticas acintosas e até impropérias a toda a oposição por parte da CDU, onde até um elemento que outrora se manifestou contra o PDM, surgiu a responsabilizar a oposição pelo atraso no desenvolvimento do Concelho, em resultado dos entraves colocados à aprovação daquele plano director. Este membro, que se sabe um dos apoiantes do primeiro ArreMacho, que em 1999 denunciou os cambalachos que os avençados da preparação do plano, então já esboçavam, é agora fã daquela coisa, que da forma como ficou, ninguém sabe para o que serve.

De facto, como os membros da CDU por lá afirmaram, há muita gente sem vergonha na cara.