sexta-feira, março 02, 2012

Ontem no Diário da Região

Sobre o caso das "garagens que vão ocupar terreno antes destinado a espaço de lazer e parque infantil"- Alhos Vedros - caso que tornou tumultuosa a última Assembleia Municipal.
Sendo tema já abordado neste Blog, a descrição da Srª Jornalista Helena Correia ontem publicada, porque na parte final do artigo escreveu "... Com ânimos exaltados, o assunto dividiu a maioria CDU e os partidos da oposição, havendo eleitos que criticaram a alteração ao alvará. No entanto, João Faim, deputado da CDU,fez questão que João Lobo indicasse que a mesma foi aprovada por unanimidade na câmara municipal, entre os vereadores do BE, da CDU e do PS." suscita-me o seguinte:
  
b) nunca li ou ouvi qualquer declaração, comentário ou lamento crítico da parte do SrºJoão Faim ou de qualquer eleito da CDU, sobre o facto de os vereadores do PS e do BE não terem qualquer pelouro  neste mandato, onde até foram reduzidas as reuniões com a sua participação;
r) deduzindo-se deste modo, que as reuniões com a participação dos vereadores da oposição, só se realizam porque a lei a tal obriga, evidenciando-se no entanto a frequente crítica da CDU  de que a oposição nada propõe, que está desfazada da realidade do Concelho e que promove um discurso e uma prática obstaculizadora do seu desenvolvimento;
o) em tais circunstâncias, é natural que os vereadores da oposição distantes da possibilidade de estabelecer ou partilhar compromissos com os munícipes, além de receptores de algumas mensagens destes - em sessão de câmara, mediante uma explicação objectiva e um documento irrepreensível no ponto de vista legal, é natural e justo que votem a favor. Foi porventura isto que aconteceu na aprovação unânime das alterações ao referido alvará;
  
n) deste modo, a postura dos Srºs Faim e Lobo, demonstra apenas pretender sacudir a água do capote, aligeirando as responsabilidades politicas de quem no Concelho detem todo o poder de decisão, que é a CDU;
c) tal postura, pelo oportunismo político e desonestidade intelectual que traduz, terá como efeito a desconfiança, e por esta a degradação da elementar convivência democrática que se exige num orgão eleito pela população. Sendo que em tais circunstâncias os vereadores que não são da CDU, ficarão confinados à abstenção ou voto contra em todas as propostas que surjam; 
Mediante isto, pode-se concluir que a posição da CDU/Moita  em relação à reforma administrativa pretendida pelo actual governo no que concerne á representatividade, estrutura e funcionamento dos orgãos autárquicos, é hipócrita, pois a prática aqui desenvolvida é um efectivo ensaio daquilo que o governo pretende. Tratando-se assim de uma clamorosa incoerência, quando em Assembleia anterior propôs uma moção contra a reforma administrativa, que até mereceu o apoio do PS e do BE.

Acrescendo ainda, o facto de tais práticas contrariarem as orientações programáticas e resoluções do último Congresso do respeitável Partido Comunista Português - podendo-se até afirmar, que por estas bandas não faltam exemplos de âmbito colectivo e individual, demonstrativos de uma enorme fragilidade moral e de classe, a ofuscar O Partido com Paredes de Vidro. 

7 comentários:

Luis Chula disse...

Broncas, deixa-me corrigir-te: o documento aprovado na Assembleia anterior a propósito da Lei do Relvas resultou da fusão das propostas do PS e a CDU, pois cada um apresentou a sua.
Quanto à posição da CDU nesta última Assembleia concordo em absoluto com a tua análise. Mas houve mais incongruências no posicionamento do partido com paredes de vidro... Bem precisavam de lavar os vidros, está tão sujo como as águas da caldeira.

Anónimo disse...

Incongruencias como o chamar terroristas aos sirios que lutam contra o ditador?

O Broncas disse...

Agradeço a correção, no entanto foi aprovado pelos três partidos.

Anónimo disse...

Broncas, eles nem piam!

Olharapo disse...

Considerando que a proposta de alteração do alvará foi aprovada, ao que parece, por unanimidade, aprovação essa que serviu ao deputado municipal sr. João Faim para dar credibilidade ao assunto, e assim sacudir a água do capote da CDU, queria deixar no ar a seguinte pergunta: e se por acaso não tivesse sido por unanimidade, levaria a CDU a reconhecer a preocupação dos moradores? ou ainda, a reconhecer a opinião dos vereadores da oposição que tivessem votado contra? Parece-me bem que não (pelo menos tem sido essa a prática) por isso acho que se tratou de um golpe baixo.

Anónimo disse...

Nem miam...

Carvalhinho disse...

Sempre quero ver depois daquela vergonha, o que é que a CDU vai decidir em relação aos arruaceiros que lá tem.