quarta-feira, março 28, 2012

As trêtas de Bento XVI

O Presidente do Estado do Vaticano, quando se deslocava de avião do México para Cuba, vatícinou o fim da ideologia marxista, referindo-se à necessidade da busca de novos caminhos.

Para quem apenas usa a Bilblia como bitola para tudo o que envolve toda a humanidade, é no mínimo estranho aparecer a falar em novos caminhos, a não ser que se tratem de novos acessos para o Céu, para a tal vida eterna, lá para junto do Pai.

A ideologia marxista que  tem apenas 150 anos, tomando como referência a primeira publicação do Manifesto Comunista de Marx e Engels, cujas tentativas experimentais da sua aplicação correspondem apenas a cerca de 70 anos, tempo quase sem expressão no processo histórico, não fosse o século XX  ser um século marcado por duas grandes guerras mundiais e a grande revolução técnico-científica. Faz das frases proferidas por Bento XVI, uma demonstração de demência histórica - pois esquece a falência do Catolicismo enquanto poder durante os séculos anteriores à laicização dos Estados, do atraso a que condenou povos e países escondendo o saber nas abadias, das guerras e hediondos crimes cometidos garantindo a gula de uma minoria, colocando Deus ao serviço dos mais poderosos de todas as épocas.

Ainda hoje e na actual crise, como um polvo, o Vaticano está presente nas mais diversas instituições financeiras transnacionais, mamando à fartazana por um lado e disfarçando a sua hipocrisia por outro, na ascenção da Caridadezinha que promove, com tal intensidade, que se torna imprescindivel na actual vivência social em crise. Prática maximizada com o ascenso da direita em toda a Europa, fazendo lembrar o hediondo percurso que se verificou neste continente na primeira metade do século passado.


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