quarta-feira, agosto 31, 2011

Passaram vinte anos...

Em que a União Soviética foi desmantelada.
Esgotado que estava o sonho da grande Revolução de 1917, aconteceu o inevitável. A incapacidade de adequar o Manifesto Comunista à realidade determinada pela vontade dos cidadãos, tornando-o mesmo incompatível com a liberdade, facultou ao longo de décadas o desenvolvimento de interesses opostos ao ideário revolucionário, que instalados no Estado com ramificações tentaculares, manipuladoras de toda a sociedade, descambou na facilidade da troca que se verificou, colhendo inicialmente um forte e determinante apoio popular.
Hoje os principais empresários, banqueiros e politicos eleitos, são quase todos ex-militantes do PCUS ou seus descendentes - gente que se preparou e fortaleceu (máfias) ao longo de anos, para forçar a troca de regime que lhes permitiria adonar-se dos bens das Repúblicas.
Por lá o capitalismo "triunfante", selvagem, tem destruido todas as conquistas sociais de outrora, a par das opções de "desenvolvimento" geradoras de enormes desigualdades.
Desde então observa-se à internacionalização de tal retrocesso - as crises sucedem-se já sem intervalos, assistindo-se à desregulamentação laboral e redução dos sistemas de protecção social, à gula privatizadora e à especulação financeira, e ao aparecimento de um novo modelo colonial, caracterizado pelos ataques à soberania e independência de povos e países.
É por aqui que se percebe o efeito do desaparecimento da União Soviética - até a NATO adoptou estatuto e estratégia diferentes - começou na destruição da Jugoslávia, está no Afeganistão, na Líbia e em todos os países e regiões que o capital determinar. De facto o mundo ficou pior!
Ao recordar que passaram vinte anos, a nostalgia por um "paraíso perdido"não me sensibiliza, nomedamente por cedo ter quebrado a simpatia pelo Regime Soviético - incomodavam-me os métodos que vigoravam no exercício do poder, repudiava a não existência de liberdade - entretanto, por um ponto de vista de classe, mantinha e mantenho a referência da grande Revolução de 1917, e a importância geopolitica da então União Soviética.
Por isto, saúdo todos aqueles que nas ex-Repúblicas Soviéticas, têm a coragem de levantar a bandeira vermelha, na luta contra a exploração e o retrocesso da civilização.

3 comentários:

Anónimo disse...

Tem saudades do ditador Stalin.
Deve ter também saudades do ditador Salazar, Franco, Hitler, etc.
Deve ser grande amigo do ditador Fidel.
Sempre houve e há-de continuar a haver gente palerma.

Anónimo disse...

Saudades da União Soviética só os tontos podem ter. Foi um tremendo erro civilizacional, a substituição de uma casta burguesa e uma ditadura por outra casta social-burguesa e ditadura social-fascista. Quem não aprende com a história, quem não aceita a realidade tem distúrbios mentais e físicos de vária ordem. Os países em que a URSS se tornaram podem não ser modelos, não o são, mas estão mais perto da liberdade e da democracia. Como foi possível asim de um momento para o outro aparacem fortunas e impérios como os Abramovichs e outros se eles já não estivesem em lugares previligiados do regime soviético?

O Broncas disse...

solicito que leiam com mais calma o que secrevi.