e deixaram aquilo entregue a Richeleeu. Embora D'Artagnan e sua cara metade logo que chegados do Brasil, se tenham alembrado que as trabalhadoras ainda não tinham recebido, decidindo pagar metade a algumas e a outras nada - a verdade é que o lema um por todos e todos por um, por lá é uma falsidade, pois é preciso ter lata para deleitarem-se em férias no Brasil, esquecendo compromissos essenciais que tocam à vida dos outros.
Já conheci muitos papagaios - um aprendeu a dizer, "bom dia patrão toino" e quando de tarde o punham à janela nas traseiras da casa, quando ouvia qualquer ruído gritava sempre," filhos da puta", até que deu bronca - as traseiras da casa davam com o quintal da GNR. Deixei de ver o papagaio, dizem que foi preso, pelo dono é claro, pois apesar de tudo naquele tempo, não era assunto para a PIDE.
Conheci outro a quem ensinaram a apelar a toda à gente que encontrasse, pela consciência de classe, pela luta em defesa do posto de trabalho, e assim aquela ave como é seu jeito, ía repetindo aquilo vezes sem conta, isto até ao dia em que o dono lhe ofereceu sementes de girassol.
Tenho saudades do primeiro, do segundo já não, este merece que lhe cortem as asas, lhe arranquem as penas.
2 comentários:
O cabelo não, que o gaijo é careca.
Ninguém apareceu em defesa do "camarada", será que ele cortou com os bifes de toiro bravo no dia do fogareiro?
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