Não se trata de uma surpresa esta forma de explorar a fé e as opções religiosas das pessoas, pois que de outras formas também a Stª Madre Igreja exerce tal exploração milagreira, como acontece com a estupidez e irracionalidade do denominado "fenómeno de Fátima".
Este é apenas mais um exemplo de como a mentira pela habilidade teológica se transforma em visão obcessiva de grandes massas, em que a fé é explorada até à exaustão, sustentando sórdidos e tenebrosos sistemas que emporcalham e entravam o avanço da humanidade.
A liberdade religiosa está assim a perder sentido com a multiplicação de exemplos destes, cujos detalhes fácilmente demonstram que em muitos casos resvalam para o crime, como a extorção, a burla, a pedófilia, o embuste e a fuga ao fisco, senão mesmo coisas piores.
Aderir ou não uma religião, é uma decisão individual legítima e por isto consagrada na liberdade religiosa, direito que nunca deverá ser posto em causa, nem tão pouco confundido com os mistérios e maldades promovidas pelas organizações religiosas.
A visita do Papa a Espanha é mais um exemplo de abuso da liberdade religiosa - todo aquele aparato, todos os envolvimentos e custos daquele evento, mais a opulência e os discursos, evidenciam a estravagante hipocrisia do Vaticano, onde tal manifestação não corresponde ao exercício da liberdade religiosa, mas a mais uma habilidade manipuladora para afastar os jovens da busca de soluções concretas para os problemas que enfermam a sociedade actual.
Bento XVI entre outras coisas, tem referido com insistência o flagelo do desemprego, tem-no feito sem pudor, ele que é o presidente do Vaticano, cujos interesses em Espanha se confundem com o capital financeiro, exactamente com responsabilidades directas, embora disfarçadas, pela situação em que aquele país se encontra - por isto o Papa em Espanha não está a exercer a liberdade religiosa, está é a tratar de negócios sustentando-se na manipulação da juventude.
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