Como não podia deixar de ser...

Estive lá, na Manifestação

convocada pela CGTP-IN

Nesta juntei filhos e netos, só não levei a Babadinka* porque está velhota, mas recordo que há oito anos também lá esteve contra a invasão do Iraque.

Gostei de estar - gostei das quadras que o Vitorino cantou à capela, da alegre irreverência dos Homens da Luta, eles que como eu, já na semana anterior tinham descido a Avenida da Liberdade. Só não gostei de haver tanta gente, aquilo começa a ser gente de mais para uma manifestação, penso que na próxima há que pensar em mais qualquer coisa.

É que Portugal neste momento nem precisa de governo, estar lá o PS ou o PSD , pouca diferença faz - o PS destroi à peça, o PSD que deseja a vinda do FMI, sonha destruir a granel - mediante isto, basta-nos uns gestores capazes de trocar mail's com a Srª Merkel e o futuro logo se verá.

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Carvalho da Silva debulhou a realidade social, económico financeira e politica do país com detalhe. Gostei do que ouvi, nomeadamente por a sua análise partir de um ponto de vista de classe, para mim bitola essencial, que como o meu amigo Pitosgas diz: sem o ponto de vista de classe, acabaremos sempre influenciados e envolvidos na enxovia dominante, que actualmente significará ficarmos submetidos á hegemonia neo liberal, em que os promotores da crise serão os que mais ganham com ela, ou seja, a maior trafulhice operada nos últimos séculos.

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Na manif. senti que o processo democrático irá retomar o seu rumo, que o actual regime se renovará pelo trabalho e pela sua dignificação, contrariando a crise paradigmática em que as elites mergulharam o país.

*Babadinka, cadela de raça pincha, que me deixaram recém nascida à porta no dia da independência de Timor.