Os canais da divulgação ideológica prevalecente, sempre que são confrontados com o inesperado, parecem esquecer de imediato a divulgação e os apoios que promoveram, normalmente assente na invocação da "complexidade do mundo, nas fragilidades da natureza humana", logo as opções pragmáticas que garantam efeito imediato. Pois são doidos todos os que pensam que é possível transformar o mundo.
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Sem esquecer quem de fora do Afeganistão promoveu o regime Talibã e formou Bin Laden, recordo-me que George W. Buch após 11 de Setembro "mobilizou o mundo a escolher, entre nós e os terroristas".
O que levou a escolhas imediatas e fortemente apoiadas pelos STATES e UE, traduzidas em alternativas desgraçadas, caso Tunisia, ao jeito de ser preferível um ditador amigo a um regime do tipo do Talibã ou do Irão. Por motivações diferentes, anos antes a mesma opção foi adoptada para o Egipto.
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Pondo isto ao jeito do meu ponto de vista de classe - estou cá para ver qual será a generosidade da UE e dos STATES, melhor dizendo, porque os povos não têm culpa, do Império Agiota, como é que irão reagir se na Tunisia, Egipto e em outros, a acção das massas populares empurrarem os respectivos processos revolucionários para uma nova ordem económica, não condicente com as habituais fórmulas de concentração da riqueza ?...
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Não me admira nada que em tais circunstâncias, voltem a animar o fanatismo religioso, pois não lhes faltam meios nem quadros preparados, "para lavarem as mãos como Pilatos."
1 comentário:
Mas são uma minoria que os movimenta, Os Chines tem razão no provérbio "Uma seta não volta para tras depois de lançada,a palavra dada,oportunidade perdida" Ha momentos e aí sim tem-se que jogar foi o que aconteceu.
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