Na rua onde habito existem quatro professores/as do ensino primário na reforma, passaram há cerca de cinco anos, são todos mais novos do que eu, profissionais dedicados, conheço-os bem, mas que a certa altura apoquentados pela pressão/convite que a tutela promovia, aproveitaram as "benesses" então oferecidas, ficando a receber quase 500 contos por mês.
Recentemente, um outro mas do ensino secundário, mais velho em idade e tempo de trabalho, saturado pelo acréscimo de trapalhadas no ensino, reformou-se, ficando a receber menos que os outros.
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Na mesma rua habitam também ex-operários da Siderurgia, que após o subsidio de desemprego apoiado pelo célebre plano RESIDER, passaram pela pré-reforma e já estão reformados, alguns bem mais novos do que eu, vivendo tal situação há mais de dez anos.
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Só usando os casos que conheço, escreveria páginas com exemplos de quase todos os sectores produtivos, quer em relação aos destruídos, quer em relação aos ainda existentes. Exemplos que explicam bem a sucessão de aldrabíces que os Partidos da Alternância e seus eleitos têm feito ao longo de décadas. Iniciaram logo a par das negociações para a integração na CEE/UE, quando baixaram as calcinhas, esvaziando o aparelho produtivo então existente, nomeadamente a indústria, a agricultura e as pescas, cimentando a actual e dificil situação em que o país se encontra -pois somos quase e apenas dez milhões de consumidores, caricatas tesos a consumirem os excedentes da UE.
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Delapidaram quase tudo, até os recursos comunitários se esvaíram, como manteiga em focinho de cão.
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Ainda não adoptei o euro, faço as contas em escudos, mas temo que o euro arrebente - é que sem tal cobertura, actualmente, em que até a salsa vem de fora, aonde se iria parar ?
6 comentários:
o caro amigo está indignado com as reformas e pré reformas, que outros cidadãos receberam.
e este caso um funcionário da CMM chefe de divisão que recebe no topo da carreira e que nas horas de serviço dá aulas na escola profissional da moita.
acomulando dois empregos e retirando lugar a um professor desempregado.
Leu mal o que escrevi. Estou indignado apenas com as politicas e os politicos que delapidaram o país, que esvaziaram recursos, que aliciaram para a reforma milhares de pessoas a destempo, pondo em dificuldades o sistema de segurança social, que promoveram a precariedade e não apresentam hoje soluções crediveis para nada.
O exemplo que refere, é apenas mais um caso a ilucidar a trapalhada, logo o oportunismo das politicas institucionalizadas.
Este tema deve ser o calcanhar de Aquiles deste regime, gostaria de saber qual o país do Mundo onde 50000 professores primários, e educadores de infância se reformaram com menos de 55 anos no topo da carreira, e os estivadores quantos foram?,e os administradores do Banco de portugal, e da CGD, com reformas milionáris, e a classe política
Este regime não tomou conta dos bancos nem dos banqueiros, deixou que a actividade produtiva fosse reduzida ao mínimo, não enfrentou, as confederações sindicais, um milhão de portugueses reformou-se com menos de 55 anos promovidos na véspera, o caixa deste regime infelizmente para nós todos que temos que pagar tem sido o PCP,com a cunivência do PS,PSD,CDS e BE.
A unica organização sindical que se movimentou contra a destruição do aparelho produtivo, contra o esvaziamento das empresas, que denunciou o logro dos mutuos acordos, a desregulamentação laboral e os efeitos nocivos de tudo isto no sistema de segurança social, foi a CGTP-IN.
Houve sectores que acolheram benesses, chorudas indemnizações e até subsidios de desemprego acrescidos, tudo pensado como se tratassem de investimentos, muitas vezes junto de processos eleitorais.
Foram os governos do PS/PSD e CDS, E SÓ ESTES QUE ARRANJARAM TODA ESTA TRAPALHADA.
O regime não está em causa, só os "arquitectos" da prevalecente "Alternância Democrática" é que estão a mais no Portugal de Abril.
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