Com a totalidade dos orgãos de comunicação social na dependência dos grandes grupos económicos, ao PCP e ao BE só lhes resta recorrer a cartazes, distribuição de panfletos porta à porta e demais actividades militantes de proximidade ás pessoas, e exclusivamente pelos seus próprios meios.
O espaço que é concedido a estas duas forças politicas, é no segredo de quem decide concedido de forma programática, mas apenas em função de servir a aparência pluralista, ou de garantir o relativo cumprimento da lei em situações que o obriguem.
No periodo que decorre, marcado pela discussão do OE e do PEC, surge como evidência um perpetuado silenciamento destas forças politicas, as unicas que na Assembleia da República se insurgiram contra as que forjaram (PS, PSD, CDS) e aprovaram os tenebrosos planos neoliberais que irão mais uma vez consagrar a velha receita - "muito ricos, muitos pobres".
Além do parlamento, só tenuamente se ouviram as posições do BE e do PCP, sendo que deste, nem sequer a brilhante intervenção do deputado Honório Novo, mereceu qualquer destaque.
É verdade que nos últimos periodos eleitorais, o BE foi priviligiado em relação à CDU, facto que gerou até algumas trocas de "acintosas graçolas"- mas mesmo neste caso como na altura considerei, tratou-se de uma estratégia politica da controlada comunicação social, que pretendia apenas o esvaziamento do eleitorado da CDU. Mas como tal não aconteceu, ficando até próximos do cagaço de estas duas forças politicas poderem condicionar e travar a bagunça que vai por este país, como a esperança saiu-lhes gorada, procedem agora como se a CDU e o BE não existam, não tenham deputados eleitos.
E assim vai isto ao jeito, porque aqui estão todos de acordo, do Cavaco, do Sócrates, do Coelho, do Portas, do Belmiro, do Amorim, etc...etc... por aí adiante.
QUE BELA DEMOCRACIA
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