domingo, novembro 15, 2009

PRAGMATISMOS ...

Um engenho de açucar nos tempos em que os escravos
eram "as mãos e os pés do Senhor do Engenho"
Os velhos /novos defensores do capitalismo para vencerem a crise que pariram, apesar de por todo o mundo para acerto de finanças terem recorrido ao Estado que tanto repudiam, propagam a ideia de que no futuro nada disto voltará a acontecer, bastando que exista "regulação eficaz". Muito poucos, e a nível politico só minorias, se referem ao facto de tudo resultar de uma crise latente e paradigmática do actual sistema prevalecente.
Mediante isto, tudo indica que as sociedades continuarão condicionadas ao já velhos mas agora globalizados processos de acumulação e concentração da riqueza. Sendo assim óbvio o discurso de apelo à contenção salarial por parte do Ministro da Economia, do Srº Vitor Constâncio e de outros a nível mundial. Logo a inevitável frase pragmática: "Sem riqueza não haverá nada para distribuir".
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A verdade é que foram e são muitas as empresas que em Portugal recorreram ao Lay-off, que no ano anterior (2008) tinham distribuido avultados valores aos acionistas e chorudos prémios a administradores - mesmo assim, por simples requerimento conseguiram a aprovação com a mesma rapidez, com que numa Junta se consegue um atestado de residência, onerando a Segurança Social, baixando o salário dos respectivos trabalhadores. Em algumas nem isto resultou, pois o objectivo já era o encerramento e posterior deslocalização. Até na Auto -Europa e subsidiárias, se assistiu e assiste a este cenário politico e económico, que ali terá como objectivo final a flexibilidade, ou seja mais desregulação laboral.
O pragmatismo assim obriga, pois lá vem a frase: "Temos de enfrentar Banguekoque, Nova Deli e Pequim, por lá o valor do salário anda por bucha e caneca, quando por cá o salário minimo já passa de 400 euros."
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Mesmo nesta crise e por cá, na maioria das médias e grandes empresas, incluindo multinacionais, não se trata de evitar prejuizos, mas de garantir mesmo assim, mais lucros a distribuir pelos acionistas que no ano transacto, sendo que para isto é recorrente adoptarem medidas a afectarem a massa salarial, os direitos dos trabalhadores. Logo já não é pragmático dizer: "Corra bem corra mal, são sempre os mesmos a pagar."
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É evidente que o realismo para Sócrates, Constâncio,Vieira e quejandos é aquilo que resulta do actual sistema, logo estão mais virados a ceder aos desejos dos Belmiros e Van Zeleres, cuja ganância não tem limites, pois só um Estado Escravocrata lhes serviria.
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Contrariar isto, é irmos à luta.

4 comentários:

Anónimo disse...

Vamos á luta?

Pois então vamos!

Não confundamos inimigos, mesmo que estejam mascarados de palhaço!

Cá por mim,tenho esperança(a última a morrer)que isto mude á séria ainda a tempo de eu ver!


Conta pois comigo para a luta, mas organizada e liderada por quem não nos traia.
Estarei lá com o Partido que sempre nos defendeu e orientou, enfrentando o que era preciso.

Abraços

Isabel Moiteira

Pouca Roupa disse...

Espero que esse partido não seja o mesmo que faz alianças com o psd.

Anónimo disse...

Pois, convém que seja um partido que não traia os votantes com Santas Alianças ao PSD.

O Broncas disse...

Lá estarei, com a CGTP-Intersindical Nacional.