domingo, março 29, 2009

Coisas da Quaresma...

A abstinência
(estamos na quaresma)
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Queridos Irmãos,
a propósito do "discurso científico em prol da abstinência", proferido pelo Santo Padre sobre o combate à sida em África, surgiram vários Padres e Bispos a intervirem nos orgãos de comunicação social, justificando à luz das leis da Stª Madre Igreja aquele santificado discurso de BentoXVI.

Os argumentos usados são de tal envergadura, que estamos perante mais um milagre de Deus - onde só laicos, agnósticos, ateus e alguns leigos, todos por bendita surdez não ouviram as palavras proferidas, e por descrença os que ouviram alguma coisa, perceberam exactamente ao contrário. De outro modo não poderia ser, pois tratam-se de hereges com os quais o Nº Senhor não pode contar.
- Oremos ao Senhor!...
Ao discurso de Bento XVI, subjaz uma cultura alicerçada de preconceitos milenares oriundos em boa parte dos próprios textos bíblicos - onde a estupidez e violência de inúmeros episódios são apenas aligeirados sem convicção pelos malabarismos hipócritas dos teólogos.

Negar a importância do preservativo, considerar pecado o seu uso, remanesce do não reconhecimento do acto sexual como fonte de prazer e não apenas de procriação, isto a par da pouca relevância que a mulher acolhe nos textos biblicos, assim como a sua secundarização na estrutura e funcionamento da Stª Madre Igreja.

Exemplos Evangélicos
Na instituída árvore genealógica de Jesus, encontramos David e Salomão - cujo episódio aparece registado pelo evangelista Mateus apenas pelo seguinte: " David, da mulher de Urias, gerou Salomão" (Mt - 1.6)
Repare-se que Mateus deixou uma mulher no anonimato, condenando-a para sempre ao pecado de adultério.

Betsabé casada com o soldado Urias, não procurou encontrar-se com o Rei David, este é que ordenou que a fossem buscar, sobrando-lhe apenas a hipótese de fugir arriscando a vida, ou a de corresponder aos desejos do Rei.
O evangelista Mateus preferiu assim, não só poupar o Rei das acusações de rapto, assédio e violação sexual, como esconder a decisão assassina de mandar matar o seu bom soldado Urias, marido de Betsabé.
Esta leitura laica deste episódio bíblico, sem malabarismos teológicos, libertaria o Santo Padre de dizer tantas asneiras e quem sabe se de tantas penitências.

É que se naquele tempo existissem os preservativos, por certo que David preferia ter evitado tais escandâlos, exactamente o que hoje muitos padres, frades e freiras com juizo fazem - pois não há como uma queca para eliminar a masturbação mental a que os anacrónicos votos obrigam.
- Oremos ao Senhor!

4 comentários:

Anónimo disse...

o D.Policarpo prefere que a igreja ande ao sabor das punh....

Anónimo disse...

voces deviam era ir a catequese em vez de dizerem um chorrilho de asneiras. e triste ouvir tanto asneiredo, seus filhos dum comboio de nanas.

Anónimo disse...

Cuidado, repara que estás na Quaresma e que o Senhor manda perdoar...

Anónimo disse...

Este gaijo tem de ser tratado.