Numa penada quebrou a mitológica candura e elevação cultural com que se tornou conhecido.
Sem qualquer dúvida, foi honesto, exactamente exacto - ao mostrar-se tal como é e pensa, naquela vertente que até agora só Deus conhecia. Soltando na já famosa entrevista, os saberes onde alicerça as suas anacrónicas e cavernícolas convicções, a essência da fé que cultiva e que por via do cargo manipula.
Sem qualquer dúvida, foi honesto, exactamente exacto - ao mostrar-se tal como é e pensa, naquela vertente que até agora só Deus conhecia. Soltando na já famosa entrevista, os saberes onde alicerça as suas anacrónicas e cavernícolas convicções, a essência da fé que cultiva e que por via do cargo manipula.
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Apesar da minha condição de não crente, preocupa-me um Cardeal que ainda há poucos dias dissertou sobre os "Direitos do Homem", mostrar-se tão ligeiro e incapaz do mais elementar contributo ecuménico, pelo relativismo abjecto que usou na referida entrevista. Isto, quando inúmeras Instituições de inspiração Católica, têm trabalho sério e sincero realizado naquele âmbito.
No decorrer dos trabalhos, durante quatro dias o que observei foi um grande conjunto de pessoas interessadas e generosas, a informarem-se e a discutirem problemas concretos que envolviam os trabalhadores dos seus países e do mundo. Cada um movido pelas suas convicções religiosas ou não, lá esteve num espaço em que não é errado afirmar acordo na maioria das coisas da vida.
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Por duas vezes, em 1991 e 1994, tive o prazer de participar em encontros promovidos pelo Movimento Mundial dos Trabalhadores Católicos (MMTC) onde se juntaram representantes de diferentes religiões, pessoas ligadas ao Mundo do Trabalho.No decorrer dos trabalhos, durante quatro dias o que observei foi um grande conjunto de pessoas interessadas e generosas, a informarem-se e a discutirem problemas concretos que envolviam os trabalhadores dos seus países e do mundo. Cada um movido pelas suas convicções religiosas ou não, lá esteve num espaço em que não é errado afirmar acordo na maioria das coisas da vida.
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Foi lá que encontrei e conheci um Israelita casado com uma Palestiniana, aliás, até promotores de uma moção então aprovada sobre a paz. O respeito e o desejo de os conhecer melhor, levou a perceber que nenhum se converteu, ambos professavam as suas religiões. Contado por eles, fiquei a saber das dificuldades sociais originadas, os problemas no emprego e outros em resultado da sua opção amorosa e de serem convictos activistas pela paz. Exemplo gerador de coragem que a todos comoveu..
Por este exemplo e outros que conheci em outras circunstâncias, espanta-me que D.Policarpo ainda mantenha o desejo de Cruzadas e os tiques da Inquisição, que a ser assim, seria bom que se explicasse sobre o que pensa do casamento entre pessoas de diferentes raças. É que embora não crente, não me chateia nada juntar-me aos católicos que sentem necessidade de gritar:
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- Cardeal p'rá Rua!
- Cardeal p'rá Rua!
3 comentários:
Ò Broncas, eles são da mesma raça que nós, a humana, mas que os muçulmanos têm uma religião que parece um remake da série cruzadas, têm.
AV2
Ó Broncas, não é verdade que os Cristãos tiveram desde sempre a mania das cruzadas?
Os Judeus não tiveram sempre a mania de judiarem com quem não tem dinheiro e precisa dele?
Ou os Judeus são afinal sempre e para sempre os únicos mártires dos nazis?
"Eu sei que nada sei" sobretudo destas coisas da religião.
Há o Outro o Sócrates"Que só sabe que tudo sabe", mas ensina-me lá tu.
Águia Real(republicana)
Ao colocarem estas questões, obrigam-me a revisitar o passado, isto quando já é justo considerar não necessário. Tal como D.Policarpo, vós estais a reagir do mesmo modo, quando hoje já existe saber e informação que corresponde a um patamar civilizacional anos e anos acima da era de G.Kan e de Bush.
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