A Festa das Éguas e dos Cavalos

No Sábado já tarde andei por lá. Tinha acabado um biscate, ainda estive indeciso, é que áquela hora receei ir incomodar os animais, mas encontrei tudo acordado.

Dá-me prazer olhar para Éguas e Cavalos, acho que a natureza apurou-se na sua criação - são esbeltos e esbeltas ginastas de olhar dócil e irreverente.

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Ainda parei junto ao palco, pareceram-me sevilhanas, só desconfiei que não eram quando me apercebi que em conjunto não atinavam no sapateado; pensando que a festa merecia melhor, confirmaram-me a seguir que aquelas sevilhanas não eram de Sevilha, nem tão pouco de Badajoz.

De seguida encontrei o meu amigo Toino Jaquim que fez questão em que fosse ver os Cavalos que Ciganos nómados lá tinham em exposição - gostei do que vi, embora os animais estivessem sôfregos às voltas com a palha, petisco que não deve de ser frequente, pois calculo que a seguir às célebres placas a dizer "proibido acampar" já devem de ter colocado por aí outras a dizer "proibido pastar".

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Não gostei do serviço de restaurante, aquilo já esteve melhor, mas não foi por isto que não assentei, é que a verba está curta, logo optei por uma entremeada e um copo de vinho na barraca do Moitense.

Como "as conversas são como as cerejas", fiquei a saber que o ponto mais alto, ou pelo menos o mais falado, foi o 31 que o cavalo do Conde Trapeiro armou - O cavalo de repente desatou aos pinotes, o Conde assustado em vez de puxar as rédeas, agarrou-se ás correias do seu lindo e caro chapéu, deixando fugir o animal.

O Cavalo doido de paixão, melhor dizendo, de tesão, fugiu pra junto de uma Égua, que não se sabe se é prima ou irmã, mas para o caso tanto faz, pois se Lucrécia Bórgia que incestou foi perdoada, porque carga d'água é que se armaram em "empata ... amores"?

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Mas porque "as conversas são mesmo como as cerejas" - ouvi criticas à Junta da Freguesia da Moita, porque não só não subsidiou o evento como nem sequer se fez representar no almoço ou jantar pago pela Câmara, realizado numa quinta lá para as bandas do Pinhal do Forno, onde a Plasticina marca Plano Director afortunou uns quantos proprietários.

Penso que os da Junta fizeram mal - arredar-se de pessoas tão ilustres, até de um principe parente dos donos das Arábias, é arredar a população da Moita do acesso a coisas boas e belas, nomeadamente do pitroil, que tanta falta faz por cá.

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No fim de tanta conversa, fiquei sem condições de perceber se a Feira melhorou ou não - no entanto estou de acordo com a substituição feita nos organizadores do evento - é que os anteriores não passavam de uns pés rapados, comprovadamente maus gestores e sem acessos diplomáticos, já os actuais, pessoas impolutas da nossa terra, como é o caso do drº ismael e do drº pires da costa entre outras, cujo curriculum vitae, não admite dúvidas à oportuna e inteligente escolha do srº presidente da Câmara.

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Com tudo isto e para não me enganar, o melhor é dizer:

- Vivam as Éguas e os Cavalos!