domingo, julho 13, 2008

De um dia para o outro

Na 6ªfeira na TVI ouvi o comentário de Vasco Pulido Valente ao debate sobre o Estado da Nação - foi um comentário mal arrumado e expresso de forma arrastada, redutor pela consideração de que se trataram de 5 comícios eleitorais, deixando a ideia de existirem no governo e não só, pessoas com problemas do fôro psicológico e até psiquiátrico a precisar de comprimidos.
No Sábado, no Público e no seu artigo de opinião, comentou o Estado da Nação de uma forma diferente. Inspirando-se no seu endémico ódio aos Comunistas, acrescendo-o ao incontido receio de o PCP e o BE poderem subir em próximas eleições, condicionou à existência destes dois partidos, o exemplo principal com que atesta a sua visão do mau Estado da Nação.
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Gosto de ler todos os escritos de VPV, de coleccionar as suas reviravoltas e piruêtas, a sua truculência troglodita, diz-me que poderia ser um bom Palhaço, não fosse aquela sobranceria intelectual herdada nos tiques adquiridos em Oxford.
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É que em poucas palavras, após ter vertido o seu ódio "Chamberliano" aos Comunistas, numa penada reduziu as Instituições, o Povo e o País a um monte de cacos. Ele que também já foi deputado, correligionário e conselheiro de alguns destacados eleitos, ainda a exercerem o poder.
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Sem dúvida que é lastimoso o Estado da Nação, mas se não é na brilhante maquilhagem que o Governo faz que se descortinam soluções, também não é por posturas trogloditas que as iremos encontrar.
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Basta o Povo querer, basta ampliar as já poderosas manifestações exigindo aos politicos eleitos, nomeadamente aos que governam, para repôrem a politica à dimensão dos discursos e dos compromissos eleitorais, que lhes garantiu a actual maioria absoluta, para em nova dinâmica se encontrassem soluções conscientemente partilhadas pela grande maioria do Povo.
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No seu vasto somatório de escritos, por estranho que pareça, nunca encontrei uma única palavra de louvor a um qualquer periodo ou episódio da História de Portugal. Tal facto, fornece-me legitimidade para considerar que Sir V. P. V., só seria feliz se Portugal se transformasse numa colónia Inglesa.
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Apesar disto e da molhada de disparates que disse e escreveu de Sexta para Sábado, sou levado a desculpá-lo, pois admito ter havido engano ou na dose dos comprimidos que tomou, ou no excesso do uísque que bebeu.

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