Não estou de acordo que a paralização dos Camions seja entendida apenas como manobra de patrões, como já escrevi, entendo tratar-se da explosão de pequenos e médios empresários pela situação desesperada em que se encontram. Acedi a esta ideia, quando me apercebi que a maioria dos empresários criaram uma estrutura negocial adoc, desconfiando da ANTRAM, não aceitando o enrolo negocial em que esta estava envolvida com o Governo.
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Por isto não é aceitável a promoção de ideias redutoras daquela movimentação reivindicativa, como na invocação do "Estado de Direito", todo o dia na Rádio e TV, com pareceres de constitucionalistas e análises politicas de conhecidos fazedores de opinião - onde até alguns invocaram a possibilidade do uso do Estado de Emergência com apelos à autoridade do Estado. Tudo isto, quando nem sequer interessa perder tempo a discutir se foi Greve ou Lock-out, porque o que interessa é perceber como e porquê aquele sector chegou a esta situação.
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O que interessa evidenciar, é que a actual situação do sector de transportes de mercadorias é remanescente da politica deste Governo, e, neste caso demontrou mais uma vez a opção pela indisponibilidade em negociar seja o que fôr de forma séria. A arrogância do "inginheiro" e quadrilha, a intencional inabilidade para negociar tem gerado enormes atrasos e prejuizos ao País pelas confusões e trapalhadas que arranjam, pela violência que promovem.
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Ministos que mesmo antes do inicio de qualquer negociação, assentes na "autoridade da maioria aboluta," afirmam que havendo ou não acordo os objectivos do Governo têm de ir por diante, como já aconteceu no ensino e com o código, demonstram bem a que "raça" pertencem.
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A preferência do Governo pela ANTRAM, que em relação aos trabalhadores (motoristas) nos outros enrolos negociais também quer o "novo código", também exige o tal banco de horas para pagarem ainda menos, - perdeu o controlo da maior parte dos seus associados, tempo curto mas decisivo que o governo não aproveitou, preferiu a ANTRAM, perdeu tempo, exactamente como nas questões laborais, prefere a UGT.
O cão mordeu-lhe no caminho, mas continua a haver "gato escondido com o rabo de fora".
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Enquanto isto, é bom que se registe todos os precedentes abertos por este Governo, impedido que fica de usar a chancela de Salazar. Pois nem todos que protestam são comunistas.
4 comentários:
Bora pá!
Vamos ali bloquear o IC 32 pedir uns subsídiositos pra malta!
Mas já pensaste em quem é que vai pagar esses subsidiositos?
É que depois, lá vens tu a querer baixar os impostos! Não é?
Todos querem mamar na mama! Eu pago os meus impostos e não tou numa de andar a pagar as benesses destes e daqueles sempre que lhes apetece exigir este mundo e o outros.
Se o combustível aumenta, aumentem os preços dos fretes. Ponto final!
E deixa-te da chancela do Salazar. Já cheira a bafio!
Não te respondo, só a ANTRAM amiguinha do teu Governo, está em condições de explicar-te, já agora que te expliquem também como é isso dos subsidios às pescas.
A bafio cheiram as tiradas parodiantes do teu Sócrates na AR, e ainda ontem na SIC NOTICIAS - "é que até hoje só os comunistas e a CGTP é que faziam coisas destas", disse o alarve de serviço.
"Não estou de acordo que a paralização dos Camions seja entendida apenas como manobra de patrões"
Aliás, os Grandes Patrões, de conluiu com o Governo, acabaram por lixar a concorrência dos pequenos empresários... como de costume.
O PCP, e a maioria da Esquerda, na sua sanha anti-patrão, acabam por fazer o jogo do Grande Capital e liquidar a maior parte da estrutura empresarial nacional, que é de pequena e micro dimensão.
E eu que pensava que os pequenos e médios empresários tambem eram patões! A partir de quantos empregados é que um patrão é patrão?
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