Hoje nas celebrações da Eucarístia foi invocada "a hora em que Ele se entregou, para voluntáriamente sofrer a morte..."
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Esta eucarístia, sempre suscitou enormes dúvidas sobre a vida e morte de Jesus, pondo até em causa a existência de Deus, pela sua postura negativa de Pai, entendido como o todo poderoso do Reino dos Céus.
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Como é conhecido, Jesus foi preso após Judas ter bufado a hora e local onde clandestinamente se iria realizar a reunião (ceia) com todos os discípulos. Concluindo-se que Jesus foi aí preso e levado a julgamento, acabando condenado, naturalmente contra a sua vontade.
.Por isto mesmo, para aqueles que com ele partilhavam a vida e a luta por um mundo melhor, tal condenação gerou sofrimento e dôr, choraram a sua morte, lá estiveram juntos de sua mãe e de Madalena sua companheira - só o Pai, o tal todo poderoso não apareceu.
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O tal Pai não apareceu, porque exactamente nunca existiu, e se existisse seria um monstro usando apenas os dons Celestiais para a manipulação divina dos que o prenderam, condenaram e o executaram, - porque nos seus insondáveis desígnios, desejou a morte do filho...
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É por isto que lembrar a morte de Jesus, é exaltar o exemplo de quem perante a tortura e a morte não renegou a ideia, o projecto e valores de justiça e paz que sempre defendeu.
.O discurso eucarístico que nesta quadra é usado há séculos, é assim uma medonha mentira, como é um medonho disparate passear pelas ruas a hipotética imagem de Jesus com uma cruz ás costas - forçando assim referências para os que se movem pelo "fenómeno da fé em Deus", Deus que ainda ninguém provou existir.
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- Em 22 de Junho de 1778, o Padre e poeta Francisco Manuel do Nascimento, por conclusões idênticas foi arguido num processo promovido pelo Santo Ofício. Acabou condenado, embora sem cumprir pena, pois fugiu a tempo refugiando-se em Paris.
2 comentários:
Tal como a cara, a moeda tem duas faces,coisinha meramente física.
Nestas coisas religiosas e políticas o preceito tem a mesma validade. Todavia, nunca se poderão comparar.
Daí até arrumar todos os santos nos lugares próprios, na enexistência, é um passo de gigante..!
Quanto ao «agentes» da política, convém que se mantenham distantes das misturas, miscelânicas, dos novos já velhinhos arautos da confusão.
Só hereges na semana santa.
Irra que é demais.
Perdoa-lhes Senhor nã sabem o que lhes espera.
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