domingo, março 16, 2008

Procissão do Srº dos Passos



Hoje nas celebrações da Eucarístia foi invocada "a hora em que Ele se entregou, para voluntáriamente sofrer a morte..."
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Esta eucarístia, sempre suscitou enormes dúvidas sobre a vida e morte de Jesus, pondo até em causa a existência de Deus, pela sua postura negativa de Pai, entendido como o todo poderoso do Reino dos Céus.
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Como é conhecido, Jesus foi preso após Judas ter bufado a hora e local onde clandestinamente se iria realizar a reunião (ceia) com todos os discípulos. Concluindo-se que Jesus foi aí preso e levado a julgamento, acabando condenado, naturalmente contra a sua vontade.
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Por isto mesmo, para aqueles que com ele partilhavam a vida e a luta por um mundo melhor, tal condenação gerou sofrimento e dôr, choraram a sua morte, lá estiveram juntos de sua mãe e de Madalena sua companheira - só o Pai, o tal todo poderoso não apareceu.
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O tal Pai não apareceu, porque exactamente nunca existiu, e se existisse seria um monstro usando apenas os dons Celestiais para a manipulação divina dos que o prenderam, condenaram e o executaram, - porque nos seus insondáveis desígnios, desejou a morte do filho...
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É por isto que lembrar a morte de Jesus, é exaltar o exemplo de quem perante a tortura e a morte não renegou a ideia, o projecto e valores de justiça e paz que sempre defendeu.
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O discurso eucarístico que nesta quadra é usado há séculos, é assim uma medonha mentira, como é um medonho disparate passear pelas ruas a hipotética imagem de Jesus com uma cruz ás costas - forçando assim referências para os que se movem pelo "fenómeno da fé em Deus", Deus que ainda ninguém provou existir.
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- Em 22 de Junho de 1778, o Padre e poeta Francisco Manuel do Nascimento, por conclusões idênticas foi arguido num processo promovido pelo Santo Ofício. Acabou condenado, embora sem cumprir pena, pois fugiu a tempo refugiando-se em Paris.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tal como a cara, a moeda tem duas faces,coisinha meramente física.

Nestas coisas religiosas e políticas o preceito tem a mesma validade. Todavia, nunca se poderão comparar.

Daí até arrumar todos os santos nos lugares próprios, na enexistência, é um passo de gigante..!

Quanto ao «agentes» da política, convém que se mantenham distantes das misturas, miscelânicas, dos novos já velhinhos arautos da confusão.

Unknown disse...

Só hereges na semana santa.
Irra que é demais.
Perdoa-lhes Senhor nã sabem o que lhes espera.