O Barbudo ou para os que preferirem, o ditador das Antilhas, em 29 de Março de 2007 no Jornal Granma, analisando uma reunião que então se realizara entre Bush e os mais destacados directores da indústria automóvel americana, concluiu - que naquela reunião ficara assente como orientação económica dos EUA, a sinistra ideia de transformar comida em combustíveis.
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Como o Barbudo é uma bêsta, teimoso e torto que nem um corno, que nem dá nesga a "revoluções de veludo", pouca ou nenhuma importância foi dada ao que ele escreveu. Mas na verdade é por aqui que se percebe hoje, porque é que se está a verificar em todo o mundo um enorme aumento do preço dos cereais. Isto apesar da produção mundial ter aumentado nos últimos anos, e em 2007 ter crescido em 89 milhões de toneladas, ano considerado de abundância cerealífera.
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Nos EUA, a corrida ao ETANOL já gerou enormes aumentos ao preço do milho e por arrasto ao preço dos outros cereais. A "estratégia etanol", cuja quantificação corresponde a mais de metade das necessidades mundiais não cumpridas em cereais, está já a fazer-se sentir em todo o lado.
Por cá, os grandes da indústria panificadora pretendem já um aumento de 50% no preço do pão.
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A opção pelo Etanol, sendo uma alternativa ao Grude, não é uma solução amiga do ambiente. Os elevados níveis de produção de cereais necessária, nomeadamente do milho, irá obrigar pela "corrida", numa 1ª fase á redução na produção de outros cereais, seguindo-se a ocupação e saturação de grandes extenções e ao sucessivo desbravamento de mais e mais terras "incultas", gerando desiquilibrios e danos irreparáveis para o futuro.
A opção pelo Etanol é assim uma estratégia não só incompatível com a natureza, como no plano económico é promotora de mais fome no mundo.
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Existe apenas uma certeza - vai ser rentável, já está a ser no plano financeiro, mas apenas para os mesmos que sempre arrecadam, os mesmos que no Reino do BemBom do sistema capitalista, impedem a humanidade de se encontrar com a natureza.
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