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Com as medidas do Governo, com o ilusionista Sócrates, com os infinitos coelhos que retira da cartola, com a sua arte circense demonstrada mensalmente na Assembleia da República - todos estamos mais felizes.

Para a descongestão da Justiça, com tão boas medidas, só a litigância em tribunais civeis de 1ª instância decresceu, mas a taxa de congestão que quantifica a morosidade da Justiça, aumentou. Adivinha-se assim que a redução da litigãncia resulta do aumento do descrédito daquela instituição por um lado, e a menos meios dos cidadãos para recorrerem aos tribunais, por outro.

Para o SNS, as medidas já não têm medida: - marcar uma consulta, conseguir vez, continua um 31; - onde fecham serviços, mais ou menos ao lado abre uma clínica privada; - a opção pela gestão pública dos hospitais é a confusa decisão de retirar aos Melos o hospital Amadora/Sintra para lhes oferecer 1 em Braga e a hipótese de em breve mais três a disputar entre eles e a Igreja; - ao avesso do que Sócrates disse, paga-se mais em medicamentos, a Indústria farmaceutica não perdeu e o estado arrecadou, pois aumentou muito em preço e em número a quantidade de medicamentos sem comparticipação; - é uma trêta a redução da taxa moderadora em 50% para quem tem mais de 65 anos, não só esqueceu que a maioria dos idosos estão isentos, como esqueceu que ainda recentemente aumentou a taxa em 23%.

Para as Pensões, ofereceu-nos a possibilidade de as podermos complementar, basta dispender de mais 2 a 6% mensalmente para um PPR do estado - adivinha-se que só quem tem salários elevados venha a usar esta oferta, mas todos que descontem para a S.Social acabarão por pagar, para sustentar mais esta aldrabíce.