O processo de instalação da Ditadura da Alternãncia nestas últimas semanas avançou em quatro vertentes decisivas para a sua consolidação e no sentido de perpétuar-se no poder:
1- A decisão da não realização de um referendo, quando estão em causa por novas regras de funcionamento institucional da U.Europeia, situações concretas que afectam a soberania nacional, cuja Constituição Portuguesa determina ser o Povo a decidir;
2- A institucionalização pela nova lei eleitoral para as autarquias, das maiorias absolutas, mesmo que as votações não o indiquem, proibindo de vez o exercicio e validação democrática das maiorias relativas;
3- Ingerência na organização e funcionamento interno dos Partidos Politicos, até ao detalhe de exigir a identificação de militantes;
4- Divulgação do chamado Livro Branco sobre as Relações Laborais, cujos objectivos é conseguir por deregulamentação, legalizar a crescente impunidade que afecta os trabalhadores portugueses, forçando atrasos civilizacionais em toda a sociedade, moldando-a ao jeito e mercê do poder económico e financeiro;
Se adicionarmos o facto evidente de os principais orgãos de comunicação social, serem propriedade dos detentores do poder económico e financeiro, e, dos respectivos directores de informação e redacções, salvo raras excepções, não serem mais que simples mandaretes na profusão, por métodos distintos e sofisticados, da ideologia da Ditadura da Alternância - descortinamos um cenário de violência em construção.
Começo a recear, que o simples exercicio de manifestação, nesta sociedade cada vez mais musculada, mesmo com milhões a participar consiga alterar o rumo dos acontecimentos. Receio mesmo que a realidade em construção, venha a obrigar ao aparecimento de outras formas de luta.
Por simples ensaio futurista, pelo rumo agora aprofundado por Sócrates, visiono os meus netos a terem de viver na periferia da sociedade, a serem afastados sempre que os previligiados não os queiram por lá...
Ainda não sei como vou fazer, mas parado não vou ficar.
O TERRORISMO TEM DE SER VENCIDO.
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