quarta-feira, novembro 28, 2007

Não sei se é assim.

Não conheço com o detalhe necessário para o que considero formar uma opinião justa sobre o "caso" da Srª Deputada Luisa Mesquita.

A ideia que tenho, é que todos os casos que se transformaram em processos disciplinares no PCP, foram sempre tratados à luz dos Estatutos daquele Partido. Não sei se aconteceu o mesmo neste caso que envolve a referida militante e deputada.

O que sei destas coisas resultam de conversas com um ex-militante do PCP, que me contou ser frequente a frase - "serei deputado, até quando o Partido quiser" sempre que se preparam listas de candidatos para eleições, repetindo-se a mesma conversa para as autarquias ou outros cargos electivos com incidência pública. Parece-me assim que para muitos é sempre fácil aceitar a promoção, de inicio disfarçando até que não procuraram tal situação. Mas o certo é que a bronca estala "sempre que a porca torce o rabo", aí a hulmidade inicial esvai-se e tudo se complica. O Partido passa a estar à distancia do umbigo, não faltando para uso mediático o recurso ao conceito de representatividade resultante do voto do Povo, quando o que se esconde é apenas o interesse em não largar o cargo.

Em relação á Srª Luisa Mesquita, entendo ser cedo para elaborar qualquer juizo, embora já esteja de orelha em pé por tanto espalhafato.
Preocupam-me mais os muitos militantes que foram postas de fora, sem qualquer processo - a não ser os enrredos montados por grupelhos de oportunistas apoiados por quadros, que desprezando Estatutos procedem em excesso de mando, sustentando assim "corporações" como a actual que ocupa a Câmara da Moita.

1 comentário:

Quintanilha disse...

Em Famalicão existe uma escola de formação profissional gerida pela CGTP com 83% de trabalhadores precários! Dez dos 12 professores do pólo Bento Jesus Caraça estão a recibo verde. O Recibo Verde é um instrumento contra o qual a CGTP luta (ou diz que luta!) e o PCP tanto contesta!

É caso para dizer: Bem prega Frei Tomás!
Nesta escola, 10 professores têm os mesmos deveres que os únicos dois do quadro, mas nenhum direito: não têm subsídio de férias nem de Natal, pagam do seu bolso a contribuição à Segurança Social e se perderem o posto de trabalho não terão subsídio de desemprego.
Dos sete pólos da escola profissional da CGTP, este deverá ser o mais problemático.

Maria Emília Leite, directora-geral da Escola Profissional Bento de Jesus Caraça, admite que este pólo, por “ter estado para fechar há dois anos”, é aquele que “merece mais atenção”. Esclarece, todavia, que o estabelecimento “respeita integralmente as regras do ensino particular e cooperativo”.

- Que seja imediatamente convocada uma grande manifestação seguida de uma greve para lutar pelos direitos destes trabalhadores em situação precária, e para cúmulo dos cúmulos, pagos pela CGTP!