Tem andado por aí, por esse universo todo,como alma penada sem beiral onde se acolher. Anda ainda com aquele balde de brasas na mão que Plutão lhe deu quando a pôs fora do inferno.
Coitado do Orféu, o que ele sofreu quando ela picada por uma serpente, pelo seu mau feitio acabou no Inferno - passou tempos e tempos e ele sempre a cantar e a tocar sua lira, acabando por convencer Propesine que convenceu Plutão a libertar Eurídice.
Mas Orféu, desejoso de a rever não respeitou o compromisso que fizera com Plutão, olhou-a a destempo, condenando-se assim a não ter o amor com que sonhava. Eurídice não se chateou, por lá continuou, - altiva, de nariz empinado, quase sempre arrogante, até que um dia Propesine de acordo com Plutão, decidiram pô-la na rua, fora do Inferno, apenas com um balde de brasas.
Já passaram tempos infinitos, quase ninguém se lembrava dela, até que Sócrates "o engenhoso" a decidiu libertar - dando-lhe espaço, um Distrito inteiro, o de Setúbal, para que com o seu balde de brasas, o transforme num Inferno.
Orféu, pequenote e dançarino, ninguém mais o viu. Talvez agora reapareça com novas cantigas de amor, com novas melodias nos acordes da sua lira...
1 comentário:
Este Orfeu pequenote é capaz de ser o Mata Cáceres...
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