segunda-feira, setembro 17, 2007

Sócrates "o engenhoso" salvou Eurídice

Tem andado por aí, por esse universo todo,como alma penada sem beiral onde se acolher. Anda ainda com aquele balde de brasas na mão que Plutão lhe deu quando a pôs fora do inferno.

Coitado do Orféu, o que ele sofreu quando ela picada por uma serpente, pelo seu mau feitio acabou no Inferno - passou tempos e tempos e ele sempre a cantar e a tocar sua lira, acabando por convencer Propesine que convenceu Plutão a libertar Eurídice.

Mas Orféu, desejoso de a rever não respeitou o compromisso que fizera com Plutão, olhou-a a destempo, condenando-se assim a não ter o amor com que sonhava. Eurídice não se chateou, por lá continuou, - altiva, de nariz empinado, quase sempre arrogante, até que um dia Propesine de acordo com Plutão, decidiram pô-la na rua, fora do Inferno, apenas com um balde de brasas.

Já passaram tempos infinitos, quase ninguém se lembrava dela, até que Sócrates "o engenhoso" a decidiu libertar - dando-lhe espaço, um Distrito inteiro, o de Setúbal, para que com o seu balde de brasas, o transforme num Inferno.

Orféu, pequenote e dançarino, ninguém mais o viu. Talvez agora reapareça com novas cantigas de amor, com novas melodias nos acordes da sua lira...

1 comentário:

Anónimo disse...

Este Orfeu pequenote é capaz de ser o Mata Cáceres...