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Uma delegação de trabalhadores da Gestnave e da Erecta fez uma acção de sensibilização sobre a situação em que se encontram cerca de 200 trabalhadores dessas empresas, devido ao incumprimento do protocolo de Acordo/97, assinado entre o estado português e a Navivessel (dona da Lisnave). Estes trabalhadores enfrentam o risco de despedimento já a partir de 31 de Dezembro próximo. Esta acção foi perturbada pela presença da polícia, que por indicação do Governo Civil, impôs a realização da "concentração" longe do local onde decorria a reunião dos Ministros do Ambiente da União Europeia.
O Acordo/97 foi feito para viabilizar a Lisnave e assegurar 1.339 postos de trabalho, os quais no entanto estão neste momento reduzidos a apenas 600 (número total de trabalhadores da Lisnave, Gestnave e Erecta) o que obrigará a Lisnave, caso cumpra o acordo que assinou, a integrar os trabalhadores da Gestnave e da Erecta e a admitir ainda mais 800 novos trabalhadores.
Esta acção, pensada inicialmente para ser realizada frente ao Pavilhão Atlântico, onde decorreu uma reunião dos Ministros do Ambiente da União Europeia, teve de ser alterada. O Governo Civil de Lisboa entendeu esta acção como uma concentração e deslocou-a para o Largo Diogo Cão, local que retirava aos trabalhadores qualquer possibilidade de cumprir o seu objectivo: sensibilizar os cidadãos e os Ministros da UE para o incumprimento do acordo por parte das administrações e do governo. O protesto incluía uma faixa alusiva à situação dos 200 trabalhadores que esperam pela sua integração na Lisnave, bem como a distribuição de panfletos à população. Para permanecerem no local, os trabalhadores foram obrigados a abdicar da faixa.
José Pereira, da Comissão de Trabalhadores da Gestnave, sublinhou que em todas as acções de rua que desenvolveram têm sentido o apoio do público, mas também um crescente controlo por parte das autoridades. Aliás, notava-se uma forte presença policial no local onde os trabalhadores distribuíram o seu Comunicado.
2 comentários:
Excelente post. Já que não somos informados pela comunicação social o arremacho e bem destacou esta acção de luta.
Parece-me inacreditável que se desvie a luta para a porta das traseiras, assim não se repara. Num Estado de Direito isto é vergonhoso.
O meu camarada e amigo Zé Pereira fez bem em afirmar que cada vez mais se sente o controlo e o k7 pirata fez bem em divulgar.
Obrigado Nuno.
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