sexta-feira, outubro 13, 2006

Utopias Inimitáveis

Frágeis recordações
Militância Consumida
Os desvarios da juventude
E a dura droga da ausência

Palmilhámos os azuis celestes
A onírica causalidade do infinito
Os estertores da monotonia
Na solene fuga das prisões

Triunfos e inglórias teses
Paroxismos e anagramas
O epitélio das paixões urbanas
na senda triste do limite periférico

Encontros e perspectivas
nas diáfanas torrentes
nas balaustradas da morte
O vazio, o Eco original

As centelhas de génio
nas melífluas medusas
do alto mar, com as urticantes
membranas do devir afectuoso

Caudaloso naufrágio
de emoções, enseada
abrupta e rumorejante
Os painéis pintados de dor

Frugal indecência
do maremoto infiel
Postigos ausentes
na enxurrada de ideias

Oxímoros prestáveis
às autistas recordações
Passeando o desejo
pela brisa da tarde

O Ocaso frenético
O Frenesi inusitado
Prescrição assintomática
sem causa nem cura

Remédios do medo
modesto silvo
de inocência perdida
no altar-mor da saudade!

3 comentários:

Anónimo disse...

altar-mor?

Anónimo disse...

Alguma coisa contra?

Anónimo disse...

Só pergunto porque quero críticas, e onde queres chegar com a afirmação. Por exemplo, se pensaste em igreja, se eu pensei em catolicismo, ou este altar-mor é outra coisa, uma metáfora de algo mais obscuro.
o que importa é que dê que pensar.