Frágeis recordações
Militância Consumida
Os desvarios da juventude
E a dura droga da ausência
Palmilhámos os azuis celestes
A onírica causalidade do infinito
Os estertores da monotonia
Na solene fuga das prisões
Triunfos e inglórias teses
Paroxismos e anagramas
O epitélio das paixões urbanas
na senda triste do limite periférico
Encontros e perspectivas
nas diáfanas torrentes
nas balaustradas da morte
O vazio, o Eco original
As centelhas de génio
nas melífluas medusas
do alto mar, com as urticantes
membranas do devir afectuoso
Caudaloso naufrágio
de emoções, enseada
abrupta e rumorejante
Os painéis pintados de dor
Frugal indecência
do maremoto infiel
Postigos ausentes
na enxurrada de ideias
Oxímoros prestáveis
às autistas recordações
Passeando o desejo
pela brisa da tarde
O Ocaso frenético
O Frenesi inusitado
Prescrição assintomática
sem causa nem cura
Remédios do medo
modesto silvo
de inocência perdida
no altar-mor da saudade!
3 comentários:
altar-mor?
Alguma coisa contra?
Só pergunto porque quero críticas, e onde queres chegar com a afirmação. Por exemplo, se pensaste em igreja, se eu pensei em catolicismo, ou este altar-mor é outra coisa, uma metáfora de algo mais obscuro.
o que importa é que dê que pensar.
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