domingo, agosto 13, 2006

Discutir o fascismo

Chamo a vossa atenção para este artigo de Baptista Bastos no Jornal de Negócios:
De vez em quando, a questão do fascismo português, se o foi ou não, reacende uma polémica que deixou de fazer sentido. Claro que houve, em Portugal, uma variante do fascismo, como variantes o foram na Roménia, em Espanha, no Brasil, no Chile no Uruguai e um pouco por toda a América Latina. Esquírolas fascistas manifestaram-se, em épocas distintas, nos Estados Unidos. Basta ler e possuir honra intelectual, por escassa que seja.
Continue a ler o artigo aqui.

22 comentários:

Emanuelle disse...

Infelizmente, há sempre vozes que se levantam para branquear factos históricos!
Não é só o Pulido Valente, quem de nós nunca ouviu inúmeras vezes a "bela" expressão "no tempo do Salazar isto não era assim"!
O que me choca e preocupa é que actualmente há muito esquecimento e falta de atenção por aí, relativamente às diversas formas de facismo que ainda existem na nossa sociedade actual!

Anónimo disse...

Não sou grande apreciador dos escritos de BB.A percepção que tenho de alguns deles é a inconstância do que afirma.Volta-se a bater na tecla do fascismo,aliás é tecla preferida dos pseudo-esquerdistas deste país.Fascismo,não é nenhuma area politica,apenas se designa assim por porvir de ideias de Mussolini e do emblema da sua força política,o facho,fascio em italiano.O movimento que agora pretende emergir na sociedade,sendo originado por quem é,não é mais do que querer fazer voltar os tempos da anarquia pós 25A.Nada pretende apagar da memória ou reciclar o que foi o período de 1926 a 1974,mas uma coisa´parece ser certa é que com este movimento se pretende querer apagar a anarquia reinante entre Maio de 74 e Novembro de 75.A diferença entre este período e o anterior não é nenhuma,apenas tem o sinal contrário.Mas esta discussão não nos leva a lado nenhum,porque fascismo entendido como doutrina política tanto existe à direita como à esquerda e os exemplos estão à vista de todos.

k7pirata disse...

Quado o Ducci foi pendurado e exibido ao povo tal como o Ceausescu, depreende-se que lutar contra uma ditadura tem muito sofrimento envolvido.

Anónimo disse...

"Nada pretende apagar da memória ou reciclar o que foi o período de 1926 a 1974,mas uma coisa parece ser certa é que com este movimento se pretende querer apagar a anarquia reinante entre Maio de 74 e Novembro de 75.A diferença entre este período e o anterior não é nenhuma..."
godzila--14.agosto.2006,02.37.

Nada mesmo? Engraçado.
A pseudo-inocência, na fronteira do branqueamento (mais lá do que cá), como se refere a esse tenebroso período (1926/1974), como se tratasse de vulgares datas e episódios da vida, evitando designá-lo pelo que foi (Ditadura Fascista do Estado Novo de salazar e caetano), revela a hipocrisia do discurso; denuncia, à semelhança de outros, a sua sensibilidade para com esse passado nojento e deplorável e vem confirmar a necessidade de movimentos que avivem a memória e dêem a conhecer, a todos e em particular às gerações mais novas, o significado dos 48 anos de fascismo em Portugal.

Tratou-se de um período da nossa história com uma governação estritamente ao serviço dos interesses económicos (latifundiários, industriais e financeiros) em absoluto detrimento do "país real", cuja herança (educação, ciência, tecnologia, etc.) ainda hoje constitui um fardo e nos relega negativa e vergonhosamente para a posição dos atrasados na Europa.
O fascismo foi um período castrador do sonho de Liberdade e Dignidade (do povo e para o povo), assente num forte estado policial; pidesco; de censura; de profundo obscurantismo; de grande repressão; de prisões; de tortura e morte. Sendo a sua maior expressão traduzida no campo de concentração do Tarrafal, para onde eram enviados, sem perspectiva de regresso, todos os que se destacavam na luta contra a ditadura (fascista) dos interesses económicos do capital.

A comparação, pelo/a "godzila, da férrea governação, entre 1926/74, de salazar e caetano com qualquer período da Democracia pós 25 de ABRIL, revela perfeitamente de que lado está este/a senhor/a.
Não nos iludamos, com mais ou menos falas mansas, eles nunca deixaram de "andar por aí"!

AV disse...

Essa expressão da "honra intelectual" será um bocadinho forte.
É que uma coisa é negar o "fascismo", outra negar a existência de uma ditadura em Portugal durante quase 50 anos.
Só quem funciona com base em chavões ou quem coloca algumas experiências pessoais acima de tudo pode querer confundir tudo.
A ditadura salazarista foi muito, muito diferente, da italiana e em especial da alemã.
Caso contrário, tinha caído após a Segunda Guerra Mundial.
O anti-bolchevismo era matizado com umas cedências às regras ocidentais que, tal como com o franquismo, a permitiu sobreviver à queda de quase todas as outras ditaduras da Europa Ocidental.
A repressão era mais selectiva do que totalitária e até se aceitava, mesmo que para o desvirtuar, o mecanismo eleitoral.
Negar o "fascismo" em termos de terminologia por vezes é necessário para não se confundir tudo e acabar como o Manuel Madeira, que deve ter achado que a ditadura soviética e o Gulag eram formas de promover, não a castrando, a Liberdade e o Sonho.

Mas a cada um a sua ditadura preferida e as suas contas a ajustar com a História.
Porque ditaduras houve muitas e não foram poucos os democratas de hoje que ontem as defenderam com a mesma vonatde férrea com que Salazar nos governou.

Issso nunca se deve esquecer, tenha sido o ditador Salazar, Hitler, Stalin, Mao, Mobutu, Bokhassa, Pol-Pot ou Somoza, entre tantos, tantos outros.

Mas misturar tudo - como o Bush que qualifica os radicais islâmicos como fascistas - é descer a um patamar muito baixo de idiotice.

AV1

Anónimo disse...

Contributos para a compreensão do "AV1" no manifesto incómodo sempre que alguém fala em Fascismo português.
Diz o senhor,

1. "A ditadura salazarista foi muito, muito diferente, da italiana e em especial da alemã."

Brilhante conclusão, só ao nível de uma suprema consciência.
Se assim não fosse é que era de admirar, considerando as diferenças históricas, culturais e sociais. Agora, o que não pode ser escamoteado ou branqueado, como diz Baptista Bastos, é (para mau grado do AV1) "a condição Fascista, numa vareante à italiana, da Ditadura do Estado Novo de Salazar e Caetano. Dá para entender que para o AV1 e muitos outros que por aí andam camuflados é difícil reconhecer e, pior ainda, pronunciar a dita cuja palavra, mas, venha daí, respire fundo enquanto conto até 3 (1,2,3) e agora diga comigo: Ditadura Fascista de Salazar e Caetano. Viu como não custou nada. A partir de hoje acredito que vá sentir-se aliviado e, quiçá, sem crise existencial.

2. "Caso contrário, tinha caído após a Segunda Guerra Mundial."

Será que para o AV1 a ausência de queda do Fascismo português foi por não ter diferenças em relação às democracias burguesas do após guerra? Que preciosa ajuda para compreendermos as confusões que pairam naquela cabeça ou então o desejo de tolerância com os facínoras (Salazar e Caetano) do povo português.
Deixe-me dizer-lhe que o Fascismo de Salazar e Caetano, ao invés das outras ditaduras, só não caíu devido à ambiguidade que mantinha com o Poder Ocidental e por nunca o ter afrontado. Porque com a submissão de Salazar tinham a garantia, como ainda sucede, do nosso território nacional como uma plataforma geográfica e estratégica americana para os interesses expansionistas, belicistas e de "guerra fria" do Imperialismo. O que poderia ser arriscado com a implantação de uma Democracia e com a agravante, na época, da forte influência do PCP, o único partido organizado e que nunca se vergou no combate à besta fascista. Esta foi a única razão para os americanos terem dado a mão e, como prémio, promovido o Fascismo de Salazar e Caetano às organizações internacionais criadas e ainda hoje em funções. Tudo isto aconteceu não obstante as inúmeras manifestações, pela oposição democrática, de regozijo com o fim da 2ªGuerra Mundial e de defesa veemente da instauração de um Regime Democrático em Portugal.
Tudo isto ilustra bem (com as convenientes dúvidas e esperada incredulidade do AV1) a hipócrita preocupação do Imperialismo americano pelo real valor da Democracia e o bem estar dos Povos.

O AV1, incansável dissertador de serviço, tenta impingirnos, quem diria, a extraordinária e luminosa ideia de que no Fascismo de Salazar e Caetano "A repressão era mais selectiva do que totalitária". Como se isso fosse verdade e ela não se abatesse sobre tudo o que mechia, da cultura ao protesto político e social (depois dizem que não há branqueamento).

No empolgamento da sua dissertação (melhor que qualquer ideólogo de direita) teve ainda tempo para nos brindar com a pseudo bondade da Ditadura Fascista do estado novo, referindo a sua suposta aceitação do "mecanismo eleitoral". Como se isso fosse digno de apreço e não se tratase de uma manobra para iludir a comunidade internacional. Amenizar o desprezo e isolamento a que o regime estava submetido derivado à sua natureza Fascista e Colonial.

Finalmente o AV1 tirou a máscara e identificou-se.
Por mim, estamos conversados!

AV disse...

Eu ia responder e voltar a pôr a máscara mas li a expressão
tudo o que mechia e comecei a rir-me tanto que perdi o fio à meada.

Este Madeira é um pândego.
Não percebe grande coisa dos assuntos sobre que escreve, mas é verborreico até mais não.
E a linguagem, por todos os deuses do Olimpo, que relíquia arrancada às catacumbas da propaganda.

O que chamará ele aos regimes benignos, e que nem sequer eleições tinham, da Roménia, da Hungria, da Checoslováquia, da URSS?

Democracias plenas, tá visto!

E os tanque em Praga eram de papel, com rosas decorados.

Como disse, a cada um a sua ditadura.

:D

AV1

Anónimo disse...

Para o AV1 é inútil discutir e, pior ainda, admitir a passada existência do fascismo de Salazar e Caetano. Regime político suportado num forte estado policial, pidesco, de censura, de profundo obscurantismo, de grande repressão, de prisões, de tortura e assassinatos.

O AV1, (pelos 100 anos do Fascista M.Caetano, que a terra lhe seja bem pesada) esforça-se por executar a missão, ou encomenda, de nos pôr amnésicos, mas ele e os seus inconfessados aliados estão condenados à derrota. Porque, como diz Baptista Bastos, "recordar e manter viva a história é o único meio de um povo não repetir os erros do passado."

O AV1 não perde oportunidade, como no último comentário, de destilar anticomunismo primário.
Apesar de já lhe ter explicado, sem recurso ao desenho e daí talvez a dificuldade, que os comunistas portugueses nunca defenderam, nem defendem, uma transformação da sociedade que não seja a partir da nossa realidade histórica e cultural. Temos e somos responsáveis apenas por uma história, a nossa: de coerência, abnegação e luta ao lado das populações e dos trabalhadores por uma vida com direitos e dignidade.

É um facto que as experiências, no Leste da Europa, para um sistema político económico e social à "luz do Marxismo" foram mal conduzidas e sucumbiram. Agora o problema não residiu na ideologia, mas nos desvios e erros praticados. Com os quais, de todo, nâo nos identificamos!
Insistirem, como o av1, em nos associar a esses desvios e erros só encontra explicação na má fé e no "Lumpen" da sociedade.

O Comunismo, com as suas propostas para uma Sociedade de Harmonia, Paz, Igualdade de Oportunidades, Sem Classes e Sem Explorados nem Exploradores, é, nos dias de hoje, a única alternativa ao Mundo de loucura colectiva em que vivemos: guerra; desemprego; fome; biliões de pobres versus uma minoria, 20% diz a ONU no seu último relatório sobre desenvolvimento, que usurpou e detém 80% da riqueza do Planeta.

Anónimo disse...

Chilreiam os passarinhos nos seus ninhos...
este tipo é mesmo uma personagem de ficção, parou no tempo, e não desencalha.
Chamem um camarada, para ver se pega de empurrão.

Anónimo disse...

Ia-me esquecendo que o AV1 é "O" Eixo do Mal.
Só lhe falta negar que existe Deus e que Satanás é o Diabo.
O homem é mesmo chato.
Beijinhos Madeira, continua assim, que vencerás e não te afundarás na trampa do Cais quando fores dar umas remadelas.

Ponto Verde disse...

O senhor Madeira delira...se não é assim porque não assume que hoje na margem Sul se vive um Fascismo de Betão disfarçado de Comunismo, é mesmo disfarçado, pois não se assume como tal, escondendo-se primeiro atrás das "argolas", depois atrás dos "favinhos de mel" e agora atrás do girassol...

Veja o post de hoje do a-sul (www.a-sul.blogspot.com) e explique como se explica a pouca vergonha que vai para os lados do Seixal...da Moita... e as perseguições e intimidações constantes de que o senhor Madeira, o senhor Cavaco e outros "quejandos" termo que muito gostam, transferem para a blogosfera.

Para eles Seriamos, não fossemos uma península, mas sim uma ilha, um sucedâneo Europeu de Cuba , bem que tentaram, mas ainda aqui ficaram com este território para arrazar a seu bel-prazer (convenhamos que com a complacência de muito boa gente dita democráta).

Fascismo/Comunismo são faces de uma moeda que não tem cabimento nos dias de hoje em sociedades evoluidas e Democráticas, o senhor Bush finalmente disse algo acertado ao chamar "fascistas islâmicos" aos terroristas que actuam a coberto de uma religião que em nada professa aquele tipo de atitudes ou sentimentos ou violência.

São também quanto a mim fascistas as politicas de Israel de imposição perante os povos e estados vizinhos, desta vez com a bênção do Sr.Bush.

Se o senhor Madeira defende a pureza do seu sistema... Deus nos proteja e Guarde, digo eu que nem Católico sou...

Ponto Verde disse...

O comentário anterior está ao nível do básico, mas será a unica forma de ser entendido pelo sehor Madeira e seus Camaradas.

nunocavaco disse...

Estou farto disto. Então o ponto verde vem escrever aqui que eu faço perseguições e intimações, eu que assino com o meu nome e que sou facilmente identificável. Ele, que acusa sem provas gente inocente é um bom exemplo. Ponto verde ganha juízo e não te esqueças que pelo menos sou tão sério como tu.

Anónimo disse...

Cavaco és um anjinho, se tivesses pedais eras uma bicicleta...

Anónimo disse...

Os dois últimos comentadores são de outra dimensão, de uma frontalidade e coragem que não é para qualquer um. Apresentam um discurso de "grande riqueza" e com uma elaboração e complexidade que impede resposta imediata devido à exigência de profunda reflexão.
Se aparecerem mais sumidades destas, este blog vai consolidar o prestígio, será catapultado para as luzes da ribalta e mais nenhum vizinho lhe vai conseguir pôr a vista em cima.

Anónimo disse...

Isso é tudo mentira estes gajos do arre-macho, do alhos vedros e afins como o A-Sul são todos o mesmo gajo , no A-Sul os apanhadores de lambujinha são figurantes pagos pelo Ponto Verde para deixar mal vista uma Câmara Comunista, ele que "não dá a cara e acusa sem provas"., no Alhos Vedros é tudo tanga inventada e no arre-macho os coices são anti comunistas.
Leiam o verdadeiro orgão isento , o www.banheirense.blogspot.com.

Anónimo disse...

Os dois últimos comentadores a que fiz referência eram um tal "mancha verde" e um outro "convencido de fidel".
Só para não se confundirem os personagens.

Anónimo disse...

O fascismo é uma bicicleta
com pedais velozes
e selins elevados
para o horizonte fechado.

nada mais! adeus!

Ou como dizia sérgio godinho:

"O fascismo é uma minhoca
que se enterra na maçã,
ou vem com botas cardadas
ou com pezinhos de lã"

AV disse...

K/ mete ordem na petizada.

AV2

Anónimo disse...

De Baptista Bastos recuso apenas responder sobre onde estava no dia 25 de Abril.

Estou de acordo com o que escreveu, espantando-me nos diversos comentários até agora verificados, não surgirem aqui referências ao escrito de Pulido Valente, facto que suscitou a polémica que decorre.

A variante fascista portuguesa, foi fascismo, numa enxertia constitucional a garantir a ditadura num estado republicano, a variante Italiana surgiu num quadro constitucional monárquico, e por aí fora... ...

Sair disto, é cair na asneira de aligeirar o que cá foi suportado, objectivo tantas vezes tentado. O assunto é este. Recorrer a comparações é cair na vã tentativa de esconder a miséria, os sofrimentos, torturas e guerra a que submeteram o País, nas comparações mal acomparadas, como outros terem sofrido mais do que nós...

Só o "bembom" da liberdade à borla, faculta consciências e falsos saberes a ensalsarem tais retóricas, pretendendo apenas esconder uma coisa, no emaranhado de tantas coisas.

Neste espaço todas podem ser tratadas, até uma de cada vez. Mas esconder a desgraça que foi a ditadura fascista para Portugal, com as desgraças de outros Povos e Países, é limitar a análise e conhecimento da nossa história, e é um mau método, para conhecer a de outros.

Basta exercitar a honestidade.
Fascismo, nunca mais!

AV disse...

O stextos do VPV não merecem grande resposta.
São quase tão maus e confusos como os do MM.
Mas percebem-se atendendo ao que fizeram ao irmão dele, meu caro Broncas.
Certamente que esse conhecimento não lhe andará assim tão arredio ou ensalsado.
Ou o SKIP só branqueia de um lado?

A honestidade também se exercita por essa via.

AV1

AV disse...

O fascismo em Portugal, teve uma tentativa de se tornar um movimento popular com os Nacionais-Sindicalistas, de Rolão Preto, mas a sua base era muito urbana, assim como a base de todos os fascismos e Portugal era um país mmuito rural.
O discurso revolucionário fascista era tão radical que por vezes era confundido com o discurso comunista, nas suas tiradas anti-burguesas e apelando à Revolução, que era o nome também do diário Nacional-Sindicalista.
A ditadura salazarista, de cariz corporativista, agregou os fascistas do Nacional-Sindicalismo, que se deixaram agregar mas ilegalizou o movimento, porque era perigoso para o Estado Novo uma oposição fascista ao regime.
O culto da personalidade e a ilegalização dos partidos, foi decisiva para que a ditadura ultrapassase a 2ª guerra mundial.
O estado Novo Português, assim como o estado Novo Brasileiro, foram no princípio, modistas e copiaram os standarts do fascismo Italiano, mas essas ditaduras não podem ser consideradas fascistas, mas sim corporativistas de carácter nacionalista.

AV2