sábado, junho 11, 2005

Matar Moscas

Não gosto de insecticidas, fui à casa dos trezentos áquela em que o filho dos donos é como o "nosso Presidente", não tem ambições politicas, vocês conhecem, e aí comprei uma pá p'ra matar moscas. Cá fora, julgo que duas clientes, comentavam o assalto de Carcavelos, - era a policia chegar lá de metralhadora e limpar aquilo tudo, - este governo tem de ter mão nisto, tem de correr com os pretos e os kosovares daqui p'ra fora. Então não é que a mais excitada, sem me conhecer de banda nenhuma embirrou com a pá das moscas,- o senhor ainda usa isso!, eu uso aqueles coisos de pulverizar, mata-as todas!.
Com vontade de mandar à merda aquelas mentes manipuladas, contive-me.
Apenas disse-lhes que sou contra as armas de destruição massiva, explicando-lhes que no Iraque não existiam e mesmo assim as tropas americanas invadiram matando e destruindo. Alertei-as para o perigo de descobrirem que por cá tanta gente as possui e usa por qualquer mosca. Então não é que o raio da mulher replica,- nós não somos Árabes! eles têm de ser todos mortos.
Virei-lhes as costas. Uma amiga, mais à frente disse-me,- não as conheces, são minhas vizinhas, amanhã é Domingo até vão à missa e dizem à boca cheia que votaram no Sócrates; não à dúvida que estamos bem entregues!?...

Pelo caminho pensando, generalizei sobre o trinta e um em que estamos metidos. O caso de Carcavelos vai transformar-se temporalmente num entretenimento estupidificante, mesmo a calhar para os eleitos executores da actual conjuntura politica.

1 comentário:

Anónimo disse...

A Extrema Direita até já se manifesta com o aval do Governo Civíl de Lisboa.
Mãozinhas no ar, a lembrar a saudação NAZI (ou a Mocidade Portuguesa).
Parece que a história não serve ainda de exemplo.