Ontem na Assembleia Munícipal
Tal como previra, a discussão sobre o imposto munícipal sobre imóveis (IMI) por falta de informação das finanças e atraso na reavaliação, que vai em cerca de 30%, não permitindo qualquer previsão acertiva, transformou-se numa sucessão de disparates na definição do valor das taxas a aplicar aos munícipes.
O PS e o BE, partindo da ideia, que o IMI por imposição do governo vai ter um aumento brutal, tal como o PCP também considera, optaram por propôr uma pequena redução das taxas a aplicar - propostas que acabaram chumbadas pela CDU e pelo PSD.
No entanto é de registar o volume de disparates desnecessáriamente acintosos a que os membros do PS e nomeadamente os da CDU recorreram - elegeram o slogan "em nome da coerência", e vai daí desfiaram referências comparativas entre Concelhos, esquecendo a regra primária de que é impossível adicionar ou subtrair alhos e cebolas, isto quando se conhece que a bitola da gestão autárquica não é nem nunca foi similar nos executivos com a mesma côr politica. Deste modo é inaceitável, já enjoa - se por um lado a argumentação dos membros do PS assenta num cenário de falta de memória, falando até como cidadãos sem partido, por outro, é lamentável que alguns membros da CDU ao espicaçar-lhes a memória, usem termos como se ali estivessem ex-ministros, secretários de estado ou gente de uma quadrilha de corruptos.
A mesma dose foi repetida na discussão do Lançamento da Derrama, facto ainda mais estúpido, tendo em conta a natureza do imposto e a situação que se vive, onde vão ser cada vez menos a pagar.
No meio daquele chorrilho de disparates, estiveram bem o Presidente da Câmara, a Mesa da Assembleia e os membros do BE, ao não se envolverem - é que um dia destes com tal vivência democrática, uma simples saudação arrisca ser um acto de hipocrísia.
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