quinta-feira, janeiro 08, 2015

Cuidado com o Dívino...

O ataque à sede da publicação satírica Charlie Hebdo, em Paris, fez ontem 12 mortos e 11 feridos. Este atentado marcado pela "Cobardia Divina", é mais um exemplo de terror a demonstrar a situação complexa em que a civilização actual está envolvida.

Este caso não só vem "enriquecer"o argumentário xenófobo de Marie Le Pen em França, como fornece motivação para movimentos do tipo Pegida, que na Alemanha desde Outubro de 2014 tem semanalmente realizado manifestações em Colónia, Hamburgo, Dresden e Berlim onde na segunda-feira decorreu a 11ª com um número record de presenças desde a sua ainda recente formação. Estas manifestações apelam a preconceitos como xenefobia e intolerância para com os emigrantes, nomeadamente aos árabes e ao Islão.

Na procura dos muitos porquês, adoptando a intensão antropológica para os perceber veio à memória o massacre na noite de S.Bartolomeu em Agosto de 1572, onde só em Paris foram exterminados pelos Católicos mais de três mil Protestantes, espelhando o sinistro facto de que no fundamentalismo religioso existem exemplos tenebrosos de todos os matizes. Vale a pena recordar que os árabes de Espanha eram tolerantes com os cristãos e com os judeus, eram evoluidos nas ciências e nas artes enquanto a cristandade definhava no atraso e na inquisação, ou que Saladino foi mais misericordioso com os cristãos quando reconquistou Jerusalém do que aqueles tinham sido com os Sarracenos quando conquistaram a cidade, Entretanto hoje existe no mundo Islâmico regimes fundamentalistas e teocráticos que não toleram os cristãos. Bin Laden não foi misericordioso com Nova Iorque, Tal como Blair, Aznar, Barroso e Buch não foram misericordiosos com os povos do Iraque.

E é neste enredo de terror que países cujas sociedades têm parâmetros civilizacionais avançados, estão hoje confrontados. Porém, são exactamente alguns destes países que desde há mais de um século têm protagonizado ingerências e guerras em todo o mundo árabe, interrompendo abruptamente o livre percurso e evolução daqueles países e povos.
Sem ser expert no tema, exalto a recusa da ideia de se estar perante um "choque de civilizações", pois tal corresponde à manutenção e até ao desenvolvimento dos factores sociais que determinam o fácil recurso à violência - entenda-se de uma vez por todas que existem muçulmanos que não são árabes e árabes que não são muçulmanos, que o islamismo é professado pela grande maioria que é tolerante e não fundamentalista.   

3 comentários:

Anónimo disse...

O Homem no seu Apogeu
Sou a consequência social, exacta, de séculos de uma certa cultura dita Ocidental, ou sou mesmo assim tal qual o Homem Sapiens?
É que neste último caso terei de rever toda uma filosofia que se julgava superior por que vinda do berço da Civilização Ocidental…qualquer coisa como a apologia das divindades consagradas aos sabichões da Grécia Antiga em paralelo com seus congéneres da Mesopotâmia e Arredores.
Depois desta tirada é de supor que existe uma outra filosofia, cuja será por analogia, berço da Civilização Oriental, inferior, qualquer coisa que se levantou lá para os lados da China.
Mas é de crer que hajam outras filosofias, que não sendo nem superiores nem inferiores, serão qualquer coisa de aberrante ou subservientes das últimas duas filosofias.
De qualquer forma, e desculpem se digo alguma bacorada, da análise por mim encomendada a uma empresa da especialidade, o resultado apurado, deu em Degolação. Ora é de questionar – para quê estas filosofias?
Segundo fontes insuspeitas, o Homem parece ter entrado no último período destas civilizações. Ou seja, entrou no seu máximo Apogeu. E segundo as mesmas filosofias, após o apogeu seguir-se-á a queda brutal – É como no Apocalipse. Dizem!
Filosofias que, e afinal, filhas de religiões que matam em nome de um Deus pelo homem criado, servem para encurralar o seu criador,



Anónimo disse...

O GRANDE EMBUSTE
Esta é a Sociedade em que vivemos, é em certa medida, a sociedade que fomos capazes de erigir/nos deixaram erigir depois de obscurantíssimos séculos, ambição, egoísmo e guerra continua…
É de facto uma sociedade confusa esta.
Vivemos num mundo em que estão abertas janelas tanto para enormes transformações sociais, politicas e ecológicas como para riscos de desumanização inéditos. Estão aí os drones, as tentativas de controlar a internet e vigiar os cidadãos por meio dela, os sinais de xenofobia, os grupos nazistas com cede de poder em quase todos os países europeus
O homem europeu continua agarrado ao pensamento exclusivista Pan-Europeu. Fomos em tempos o centro de um mundo em movimento, mas como estagnamos, ora não somos mais
– O esclavagismo, o colonialismo nas suas antigas formas já não dão mais
– O capitalismo selvagem tem os dias contados
– O neoliberalismo é obra inacabada, morre antes de nascer.
Sim, o homem europeu parece ter-se enredado na teia que ele mesmo teceu.
A tendência dominadora dos “estados eixo” privando a periferia do acesso á tecnologia e ao conhecimento, tornou-se endémica.
Os governos anglo-saxónicos não perderam a apetência da hegemonia total e claro, tentam caminhar sem reparar nos acidentes de percurso. Mas o fim de uma época não é o fim da História
A história diz-nos que os pequenos estados, principalmente os da periferia, têm de se precatar.
Todavia, a maioria dos dirigentes PERIFÉRICOS, como os portugueses, na sua bárbara mediocridade, preferem a vassalagem e viver de embustes, tentando levar seus povos ao suicídio político e social, a marcar sua soberania e independência.
A União Europeia, criada para reforçar uma hegemonia conservadora, centralizada no Eixo Alemanha, França e Itália, com o Reino Unido para lá da Mancha, os mesmos países que, co-autores de todas as guerras, dos velhos e novos colonialismos, esclavagistas por natureza, fazem o seu papel de intermediário, entre o Império ianque e os terceiros e quartos mundos.
Abram os olhinhos meus……
De o Catraio” com respeito.

Anónimo disse...

Como Seria…
Há dias, estava eu a cogitar sobre as coisas boas e menos boas que a natureza põe ao alcance da nossa mão, e até passei pelas brasas. Antes tinha dado uma olhadela á televisão e que vi – crime por tudo quanto é lado.
Já tinha passado uma vista de olhos pelos Jornais e visionados alguns blogs na internet – crime e mais crime no Iraque, na Síria, no Afeganistão e por aí fora. Cansei. Pelos visto ainda foi pouco, faltava a França, claro.
Depois da Sifles, Febre-amarela, Febre Asiática, Sida e a Ébola que mais poderia acontecer…A travessia do mediterrâneo por emigrantes africanos empobrecidos, fugidos de uma guerra que não querem…
Pois, cogitava eu, como seria a humanidade sem os saltinhos marotos do Pardal, ou sem o belo canto do Rouxinol?
E ainda há gente que se chateia com o cocó dos pardais na Avenida Teófilo Braga nesta Vila da Moita…paciência!
Bom, esta coisa de fazer humor…quase sempre é á custa de outros tem muito que se lhe diga: cá pela nossa urbe conta-se istórias de Alentejanos, de Ratinhos e Caramelos para fazer rir, dizem. Cá na minha cogitação e conversando com amigos achei e achamos que estas istórias eram simplesmente negativas. São a marcação xenófoba mais medíocre que ainda existem por cá…
E se os alentejanos, ratinhos e caramelos viessem cá com varapaus?
Naturalmente isto é só cogitação…Depois veio o pesadelo da guerra colonial, Stress que me acompanha há mais de 40 anos. Nestes instantes ando em plena guerra: ele são tiros, explosões, murros e pontapés. Já não basta o que meus olhos vêem e ouvidos escutam…
A humanidade precisa de mudar de agulha: ou a bússola está avariada. Também não admira, os chineses é que a inventaram…Finalmente. Se o DEUS dos Cristãos e Judeus é o ALÁ dos Muçulmanos, por quê tanta crime? De o “catraio” respeitosamente.