Assembleia Munícipal da Moita

Qual Lapso, Qual Carapuça!...

Ontem dia 27 de Novembro realizou-se em convocação extraordinária (repetição) a Assembleia Munícipal da Moita, isto em resultado da interpretação exclusiva da presidência da mesa, com a conivência da maioria CDU, ao regimento na Assembleia anterior - onde impôs que os respectivos membros daquele orgão apenas se pronunciassem, sim ou não, às propostas da Câmara sobre a Derrama e o IMI.

 

I

Então apesar de contestado, argumentou com a lei e o regimento de forma obstinada, não tendo qualquer dúvida, nem tão pouco reflectindo sobre o hábito e uso vigente à décadas naquele orgão, ou porventura lembrar-se que em democracia tudo se propõe e nada se impõe;

II

Da bancada da CDU intervieram o Srº Vicente Merendas (ex-deputado) e o SrºNuno Cavaco, nenhum pôs em causa o método, preferindo a arrogância e o cabotinismo, sentindo-se como peixinhos na água;

III

Na Assembleia de ontem, ainda tentaram não anular as deliberações da Assembleia anterior relativamente aos pontos 10º e 11º, evitando nesta a alteração à ordem de trabalhos - o que acabou por ser feito, sem que sobre o assunto ninguém da bancada da CDU se pronunciasse.

 

Mediante isto, aceitar a ideia de que se tratou de um lapso, de um erro humano ou outra qualquer trêta, é ofuscar a tentativa de um novo estilo, mais funcional e condincente com a maioria absoluta da CDU, transformando aquele orgão numa caixa de ressonância da Câmara, onde quem não é da corda não conta para nada.

O objectivo é exactamente transferir para a Assembleia o estilo de Garcia na Câmara, onde pôs de parte 4 vereadores - trata-os como se não existissem, consolidando a ideia de que aqueles 4 estão a mais, e que o quintêto CDU basta para gerir o Munícipio. 

 

O que aconteceu não foi um lapso, foi sim a tentativa de impôr um estilo autoritário, logo um atentado vergonhoso à autonomia daquele orgão autárquico.