Em 2004 o Estado, pelos então primeiro ministro Durão Barroso e ministro da Defesa Paulo Portas comprou os já célebres dois submarinos alemães ao consórcio GSC por 1000 milhões de euros. Porque a ideia de tal compra já vinha de anteriores governos e para que ninguém dos alternantes ficasse de fora, Jaime Gama e esposa foram convidados a apadrinharem na cerimónia baptismal.
Este negócio/cambalacho que na Alemanha já levou a condenações, por cá embora se conheça a ESCOM com a participação do Grupo Espírito Santo posteriormente vendida à Sonangol, de onde sobressai o nome de Miguel Horta e Costa, a verdade é que o embrulho é tal que até parece que todo o negócio foi decidido e promovido por fantasmas que até levaram a papelada para o seu deconhecido reino.
Ainda há poucos dias Miguel Horta e Costa em tribunal, com declarações a saca rolhas como a juiza considerou, referiu ter havido contrapartidas fictícias cobertas por facturas na venda efectuada, acrescentando o aparecimento de outro consórcio português do ramo automóvel que veio a beneficiar do "programa das contrapartidas", ou sejam até aqui 34 milhões que voaram estando até implicados pela investigação do DCIAP e assinada pelo juiz Carlos Alexandre, sete portugueses e dois alemães.
Acontece que vai tudo acabar em águas de bacalhau, pois parece que existe um novo contrato entre a Ferrostaal e o Estado com contrapartidas viradas ao turismo, que a corresponder à revogação do anterior, pode servir de muleta para a anulação do único julgamento deste caso.
O interessante é que neste imbróglio, os nomes de Durão e Portas não aparecem, os 34 milhões voaram, e os submarinos que para além dos custos geram avultadas despesas de manutenção, ninguém sabe para que servem.
Em Portugal estamos assim em plena dinastia da barbuda e da impunidade, onde começam a faltar palavras para caracterizar a situação.
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