Ela e ele, jovens quase nos trinta, ela ía de branco embora já de barriguinha, o que não incomodou o padre, aliás, simpático e de boa fala, parecendo-me liberto da paranoia das virgens. Foi uma festa bonita, até dancei.
Conheci a casa que foram habitar até antes do casamento, pois andei por lá em trabalho de pinturas, uma boa casa comprada com a ajuda dos pais, das parcas poupanças de gente governada e que sempre trabalhou por conta de outrem, gente sempre com os impostos em dia. Ambos são licenciados, embora sem vencimentos elevados, em condições de fazer vida regrada e decente.
Neste momento tudo estoirou, valha-nos o apêgo do casal mais o puto que vai nascer - ele já está no desemprego, e ela vai para o desemprego.
Isto porque o país há dezenas de anos que anda entregue a ilusionistas, irresponsáveis, sempre no bembom a decidir sobre a vida dos outros, sempre distantes da realidade social, logo dispostos a decisões pela frieza da bitola dos 8 ou 80.
- Mas o puto vai nascer !
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