Não aceito os elogios feitos ao discurso de Cavaco Silva neste aniversário da República. E ainda menos percebo os elogios feitos pelos representantes do PCP e do BE.
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No ponto vista económico e financeiro, o Presidente sabe que o PIB vai reduzir em mais de 2%, que são nulas as hipóteses dos sinais de crescimento a curto prazo a que se referiu, o Presidente sabe muito mais do que isto, sabe o bastante para se perceber que é hipócrita, quando afirma que acabou o tempo das ilusões.
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Cavaco Silva que enquanto 1ºMinistro, gastou e distribuiu à balda por métodos marcados pelo descontrolo e a impunidade - promovendo o encerramento de empresas e sectores de produção transacionavel, em favor do crescimento desregrado de um sector terciário sem sustentabilidade, animando ao esvaziamento de empresas públicas e privadas pela vulgarização do mútuo acordo, equiparando-o ao desemprego involuntário, acompanhando isto com avultadas indemnizações, então pagas pelas principais empresas públicas, facilitando e até aliciando à reforma, onerando exponencialmente a Seg.Social. É preciso não ter rebuço de vergonha para dizer o que disse, depois de ter sido o maior construtor de ilusões enquanto governante - apelar agora à poupança, ele que gastou à balda, sabendo que por cada euro (200$00) que entrou, teriamos de pagar mais de três (600$00).
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Embarcar em elogios ao discurso proferido, é esquecer tudo o que aconteceu, é desculpar o Fundador da Dinastia da Bandalheira que vigorou com Guterres, Barroso, Santana, Sócrates e continua com Passos Coelho. No caso do PCP e do BE, os elogios correspondem à ilusão, à vã esperança daquele Presidente vir a vetar a desregulação laboral em curso, ele que até está disposto em aceitar que se implante a servidão, até que se recorra à escravatura, se fôr necessária para cumprir os indices da Troyca.
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A sublevação popular é essencial para acabar com tanta mentira e podridão.
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