Manifestação inícial, prelúdio do inevitável episódio que num destes dias irá acontecer:
"saltar a tampa do garrafão", a que Passos Coelho se referiu falando de túmultos, exactamente terminologia já adoptada pelos
"Chefes das Polícias"no relatório encomendado por quem pretende difundir o medo, cultivar a bajulíce e a cobardia, para a aceitação passiva da única solução que apresentam,
"a caridade".
No actual cenário da realidade a que chamam Estado de Direito - assiste-se à desavergonhada protecção dos poderosos, como resultado da legislação ao longo de anos ajeitada aos interesses a par de metodologias labirinticas e exploráveis pelas "luxuosas defesas", que reduzem a Justiça em Portugal, não ao apuramento da verdade, mas à prática da prescrição processual, cujo efeito ilibador transforma criminosos, ladrões e bandalhos, em pessoas distintas, impolutas e elegíveis.
A evidência demonstra assim, quem são e onde estão os principais, senão únicos, responsáveis pela degradação do país -sem dúvida os maiores ladrões e desordeiros que se conhecem -mas todos protegidos pelo dito Estado de Direito.
Deste modo não se percebe que queiram mobilizar os polícas para controlar as pessoas que se venham a manifestar, exactamente contra criminosos e ladrões, quando persistem em cumprir favores ao Presidente da República e a outros bem instalados, para que os amigos deles, "a enxovia", não fiquem atrás das grades.
Neste momento não existe Guarda Republicano ou Polícia que não reflita nisto, quando apanha um jovem com umas gramas de haxe, um carteirista ou alguém a gamar no super-mercado. É caso para perguntar - como será quando ordenarem que reprimam aqueles que se manifestam pela defesa do regime democrático, contra os que o devassam, os maiores ladrões e crimonosos do país?...