Os acontecimentos violentos no Bº da Bela Vista em Setúbal, já suscitaram declarações de diversas entidades e personalidades.
Ouvi com atenção as declarações do Srº Ministro da A. Interna, que traduziu-me firmeza e contenção; ouvi o que Srº Bispo D. Manuel disse sobre o sucedido - naquele bairro que bem conhece, logo uma opinião bem sustentada, até porque boa parte do esforço integrador daquelas gentes, ao longo dos anos tem sido feito por aquela paróquia, aliás, o Srº Bispo foi mesmo das primeiras vozes há muitos anos a criticarem o processo arbitrário e socialmente insensível, com que ali "despejaram" muitas famílias. Gostei de ouvir muitas outras declarações, desta vez até do Srº Gralha na RTP1, nas suas habituais conversas de "cana rachada".
Só me danei com as declarações de Paulo Portas.
Com a sofreguidão em falar da emigração, até transformou portugueses em emigrantes, permitindo pensar que entende que quem é de raça negra não é português, proseguindo com os seus habituais disparates sobre este seu querido tema, que infelizmente não falta quem goste de ouvir.
O avanço da globalização pela bitola das politicas internacionalmente prevalecentes, a par dos desiquilibrios económicos e sociais entre norte e sul, mais o alargamento da UE e ainda diversos conflitos politico-militares de âmbito regional espalhados pelo mundo - faziam antever o intenso aparecimento do fenómeno migratório, até com efeitos de explosão demográfica em muitas regiões e paises. O mundo e nomeadamente a UE, está assim perante um problema complexo em expansão, cujas soluções não só não serão encontradas pelas actuais e persistentes politicas, como ainda menos, se assentarem em ideários segregacionistas e de triagem como os de Paulo Portas.
Como vai ser resolvido não sei, mas sei que as soluções de P.Portas nunca resolveram nada, apenas descambaram em nacionalismos exacerbados, cuja triagem na decisão de quem pode ficar, chegou a ser tomada por critérios biológicos e não jurídicos.
Por tudo isto, é preciso vigilância. Pois ainda recentemente as Democracias na Europa elegeram bandalhos como Durão Barroso, Aznar, Blair e Berlusconi.
Ouvi com atenção as declarações do Srº Ministro da A. Interna, que traduziu-me firmeza e contenção; ouvi o que Srº Bispo D. Manuel disse sobre o sucedido - naquele bairro que bem conhece, logo uma opinião bem sustentada, até porque boa parte do esforço integrador daquelas gentes, ao longo dos anos tem sido feito por aquela paróquia, aliás, o Srº Bispo foi mesmo das primeiras vozes há muitos anos a criticarem o processo arbitrário e socialmente insensível, com que ali "despejaram" muitas famílias. Gostei de ouvir muitas outras declarações, desta vez até do Srº Gralha na RTP1, nas suas habituais conversas de "cana rachada".
Só me danei com as declarações de Paulo Portas.
Com a sofreguidão em falar da emigração, até transformou portugueses em emigrantes, permitindo pensar que entende que quem é de raça negra não é português, proseguindo com os seus habituais disparates sobre este seu querido tema, que infelizmente não falta quem goste de ouvir.
O avanço da globalização pela bitola das politicas internacionalmente prevalecentes, a par dos desiquilibrios económicos e sociais entre norte e sul, mais o alargamento da UE e ainda diversos conflitos politico-militares de âmbito regional espalhados pelo mundo - faziam antever o intenso aparecimento do fenómeno migratório, até com efeitos de explosão demográfica em muitas regiões e paises. O mundo e nomeadamente a UE, está assim perante um problema complexo em expansão, cujas soluções não só não serão encontradas pelas actuais e persistentes politicas, como ainda menos, se assentarem em ideários segregacionistas e de triagem como os de Paulo Portas.
Como vai ser resolvido não sei, mas sei que as soluções de P.Portas nunca resolveram nada, apenas descambaram em nacionalismos exacerbados, cuja triagem na decisão de quem pode ficar, chegou a ser tomada por critérios biológicos e não jurídicos.
Por tudo isto, é preciso vigilância. Pois ainda recentemente as Democracias na Europa elegeram bandalhos como Durão Barroso, Aznar, Blair e Berlusconi.
5 comentários:
OS BANDOS DOMINAM NOS BAIRROS SOCIAIS
Os partidos de esquerda desculpam sistematicamente a criminalidade com o a pobreza e o desemprego. Parece terem receio de uma atitude mais enérgica na luta contra o crime. Será que ficaram traumatizados desde os tempos do fascismo? Esta postura está a desorientar o seu próprio eleitorado natural: os mais pobres que são também os mais desprotegidos face à criminalidade. Assim, os partidos de esquerda têm muita responsabilidade relativamente ao crescimento da extrema direita que tem um discurso bem mais sensato sobre o combate crime. Barack Obama que prometeu ser implacável no combate ao crime e defender ao mesmo tempo os mais desfavorecidos. Não me parece que isso seja incompatível.
Há 50 anos a pobreza em Portugal não era menor que a de hoje e a criminalidade violenta era praticamente inexistente. Se mais pobreza implicasse mais criminalidade, então não teria sido assim. As estatísticas nem reflectem a nossa realidade porque muitas vítimas já nem se queixam porque sabem que os criminosos são rapidamente postos em liberdade, mesmo quando são capturados e depois ficam sujeitos a represálias. Mela mesma razão, vítimas e testemunhas escondem a face quando são entrevistadas pela televisão.
Já há algum tempo um Mayor de Nova Iorque decidiu que não se deveria menosprezar a pequena criminalidade nem os pequenos delitos, porque a sensação de impunidade se instala nos jovens delinquentes, estes vão facilmente progredindo para infracções cada vez mais graves até que a situação se torna incontrolável. Implementou então a célebre "Tolerância Zero" que, como se sabe, deu óptimos resultados, reduzindo num só ano a criminalidade em Nova Iorque em cerca de metade.
A actual política portuguesa de manter na rua os criminosos, mesmo depois de várias reincidências, faz (como dizia o Mayor ) crescer a sensação de impunidade: o criminoso continua com as suas actividades criminais, vai subindo o nível dos seus delitos e serve de exemplo para que outros delinquentes mais jovens sigam o mesmo caminho.
Todos os dias vemos Empresas a fechar e em consequência muita gente fica em situação de desespero, mesmo assim não se passam coisas como as que foram vistas no Bairro da Bela Vista. Se o motivo fosse o desespero e a pobreza então seriam assim as manifestações junto às empresas que fecham portas que por vezes deixam os trabalhadores com muitos meses de salários por pagar. Não! o que se viu no Bairro da Bela Vista foi a homenagem a um criminoso abatido em flagrante pela polícia, numa atitude de desafio à própria polícia para testar a sua capacidade de reacção.
Mas existe muitas pessoas trabalhadoras e humildes nos bairros sociais, que não levantam problemas e que só desejam que os deixem viver em paz, o que não acontece, e que até estão reféns dos bandos de criminosos que dominam nos bairros. Não se pode contar com essas pessoas para testemunharem qualquer acto criminoso a que assistam apenas porque têm medo, medo de represálias porque não se sentem convenientemente protegidas pela polícia que não pode estar sempre presente. É um pouco como nas favelas brasileiras...só que no Brasil as autoridades estão já a combater árduamente e com baixas o domínio dos criminosos nas favelas; por cá, as autoridades não o podem fazer porque o Governo está ainda a “dormir” e a fazer conjecturas sobre as causas que não compreende.
Zé da Burra o Alentejano
Merece ser discutido. É uma abordagem bem diferente dos disparates xenófobos do P.Portas.
Claro que as afirmações do Sr. Jerónimo "cassete" de Sousa também foram inoportunas, pois que ele disse que o que ali se passa é o reflexo da crise... ora bem, a crise afecta tudo e todos, e não se vê o pessoal de todos os bairros sociais (e não só) andarem por aí a defafiarem as autoridades e a destabilizarem a ordem pública e a segurança, não é??? E isto não se trata de uma atitude xenofoba da minha parte...
Da tua parte,mas Paulo Portas em Santarém reportou-se de imediato aos emigrantes.
Ao que JS disse, digo-te que ele, eu, e tu desejamos que eventos do tipo não alastrem a outros espaços.
É que neste caldo de milhões para alguns, zero para os outros, e dos que gamaram só um está em prisão preventiva, estando a abarrotar de malta que não passou das centenas - o que por desvairo apetece, é a generalização da desordem social.
Aí, não irão contar cassetes , mas cacêtes!...
Mas a desordem social até que impunha, anónimo anterior, pois que seria necessário mobilizar toda a classe trabalhadora, e não só, os portugueses em geral, para uma luta intensa nas ruas, de modo a que estes politicos que temos por cá tomem conta que não andamos a dormir (mas o facto é que parece que andamos mesmo a dormir). Porque isto com greves de 1 dia, muitas das vezes à sexta-feira, não resolve nada, e eles, os politicos, até agradecem esta forma de luta que os CGTP & cia promovem... é verdade ou não é???
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