Certamente que não estou condenado a estar sempre em desacordo com o companheiro Chora. Isto a propósito do seu artigo no Jornal da Moita, até porque reconheço-lhe a opção pela defesa de um sindicalismo propositivo, acrescendo o facto de ser um dos representantes dos trabalhadores da empresa onde labora.
Do que publicou desta vez, não estou de acordo apenas com a visão que expôs sobre a civilidade democrática. Pois não sou capaz na actual "democracia", em que a maior parte dos que partilham e se trocam no poder à evidência amarrados a interesses, os quais determinaram e são responsáveis por parte da situação em que o país se encontra - de considerar no actual quadro apenas a existência de adversários politicos.
No parâmetro em que estou, porventura algures nas bandas de baixo da espacial pirâmide em que esta "democracia" à revelia da própria Constituição se vai alicerçando, o meu método de análise, esbarra sempre na invariável existência de inimigos. Facto que apenas contorno pelo saber e experiência colhida ao longo de anos. Pois o mesmo método permite-me entender as teias que o capital tece, as habilidades que os seus serventes politicos usam, mais os meios de desinformação que possuem.
No vertente caso em que assenta o artigo, bastava referir das declarações de C. da Silva quando disse, que tais comportamentos prejudicaram a luta dos trabalhadores, a imagem da CGTP-IN . Isto foi o bastante para isolar os protagonistas da bronca. Mais do que isto é forçar a procura de outras coisas, algumas até coisas inevitáveis no percurso da vida das organizações, não com objectivo critico sincero, mas para abrir fissuras na unidade necessária para a acção que a situação obriga.
Bastou-me entre outros, ouvir o Srº Vanzeler na SIC noticias - para perceber que os inimigos de classe já propõem com todo o cinismo, não como enfrentar a crise, mas como entrar na retoma, apontando a necessidade de alterar a Constituição, esquecer a regulamentação laboral, fragilizar o sistema de protecção social, liberalizando tudo à dimensão exclusiva do interesse do Capital. Apontando para o efeito a importância de uma maioria absoluta, ou na impossibilidade a solução governativa PS/PSD.
Infelizmente nesta democracia, em que muitos só são democratas por a Constituição que pretendem destruir os obriga - pelo meu método de análise , e pelo meu ponto de vista de classe, não me faltam inimigos - alguns até com o inconfessado desejo de eliminar o limite material, que constitucionalmente impede a existência da escravatura.
Nas organizações sindicais, a diferentes níveis e tempos por todo o mundo, sempre existiu a discussão pela prevalência de estilos de intervenção e práticas - o sindicalismo propositivo, reivindicativo e de acção de massas (meu resumo). Na história do sindicalismo português encontramos inúmeros exemplos disto. O percurso da CGTP-IN não foge à regra, conseguindo no entanto pela persistência unitária, ás vezes até pelas pontas, manter o equilibrio convergindo práticas condicentes com os estilos referidos. Naturalmente nem tudo foi , é ou será bem sucedido.
Mas valorizar erros e insucessos, por ânimos de protagonismo pessoal, politico-partidário ou disfarçando nisto anseios equiparados - é trocar o fundamental pelo acessório, é dar espaço ás pretenções dos inimigos de classe, que em muitos casos não são adversários, mas de facto inimigos do processo democrático.
Pela coerência e unidade que diáriamente nos devemos esforçar - neste âmbito a experiência indica não dever alimentar farroncas sectárias, nem ressabiamentos individuais.
Do que publicou desta vez, não estou de acordo apenas com a visão que expôs sobre a civilidade democrática. Pois não sou capaz na actual "democracia", em que a maior parte dos que partilham e se trocam no poder à evidência amarrados a interesses, os quais determinaram e são responsáveis por parte da situação em que o país se encontra - de considerar no actual quadro apenas a existência de adversários politicos.
No parâmetro em que estou, porventura algures nas bandas de baixo da espacial pirâmide em que esta "democracia" à revelia da própria Constituição se vai alicerçando, o meu método de análise, esbarra sempre na invariável existência de inimigos. Facto que apenas contorno pelo saber e experiência colhida ao longo de anos. Pois o mesmo método permite-me entender as teias que o capital tece, as habilidades que os seus serventes politicos usam, mais os meios de desinformação que possuem.
No vertente caso em que assenta o artigo, bastava referir das declarações de C. da Silva quando disse, que tais comportamentos prejudicaram a luta dos trabalhadores, a imagem da CGTP-IN . Isto foi o bastante para isolar os protagonistas da bronca. Mais do que isto é forçar a procura de outras coisas, algumas até coisas inevitáveis no percurso da vida das organizações, não com objectivo critico sincero, mas para abrir fissuras na unidade necessária para a acção que a situação obriga.
Bastou-me entre outros, ouvir o Srº Vanzeler na SIC noticias - para perceber que os inimigos de classe já propõem com todo o cinismo, não como enfrentar a crise, mas como entrar na retoma, apontando a necessidade de alterar a Constituição, esquecer a regulamentação laboral, fragilizar o sistema de protecção social, liberalizando tudo à dimensão exclusiva do interesse do Capital. Apontando para o efeito a importância de uma maioria absoluta, ou na impossibilidade a solução governativa PS/PSD.
Infelizmente nesta democracia, em que muitos só são democratas por a Constituição que pretendem destruir os obriga - pelo meu método de análise , e pelo meu ponto de vista de classe, não me faltam inimigos - alguns até com o inconfessado desejo de eliminar o limite material, que constitucionalmente impede a existência da escravatura.
Nas organizações sindicais, a diferentes níveis e tempos por todo o mundo, sempre existiu a discussão pela prevalência de estilos de intervenção e práticas - o sindicalismo propositivo, reivindicativo e de acção de massas (meu resumo). Na história do sindicalismo português encontramos inúmeros exemplos disto. O percurso da CGTP-IN não foge à regra, conseguindo no entanto pela persistência unitária, ás vezes até pelas pontas, manter o equilibrio convergindo práticas condicentes com os estilos referidos. Naturalmente nem tudo foi , é ou será bem sucedido.
Mas valorizar erros e insucessos, por ânimos de protagonismo pessoal, politico-partidário ou disfarçando nisto anseios equiparados - é trocar o fundamental pelo acessório, é dar espaço ás pretenções dos inimigos de classe, que em muitos casos não são adversários, mas de facto inimigos do processo democrático.
Pela coerência e unidade que diáriamente nos devemos esforçar - neste âmbito a experiência indica não dever alimentar farroncas sectárias, nem ressabiamentos individuais.
2 comentários:
É exactamente porque o inimigo de classe está atento.
É exactamente porque o patronato se sente com forças , para tomar medidas cada vez mais gravosas, contra os trabalhadores.
Que a unidade na acção e na luta, é mais precisa.
E que o combate ao sectarismo, e a luta por uma real unidade das forças de esquerda, se torna mais premente.
Mas para isso não pode existir a visão de partidos de vanguarda, que seriam donos da verdade e da linha justa, a deles.
Não pode haver partidos que tentem controlar o movimento sindical, de forma a que ele seja uma mera correia de transmissão , da sua táctica politica.
Não pode haver partidos que sacrifiquem as lutas dos trabalhadores , e do movimento sindical, á sua estratégia eleitoral.
E o principal tem da haver respeito pelo plutralismo .
O recente caso SITAVA, é paradigmatico daquilo que não pode ser o movimento sindical.
Parece-me correcta a posição do arremacho.
Infelizmente, o vínculo que os sindicatos cultivam aos partidos, em que a representação se faz por quotas e outro género de coisas que não adianta alargar, impede-os de representar EFECTIVAMENTE OS TRABALHADORES.
Estão reféns dos partidos e susas estratégias.
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