Com o Aznar, Barroso, Blair mais o respectivo chefe Bush por aí à solta, o TPI deliberou mandar prender apenas um tresmalhado da quadrilha, também ele criminoso - Omar al Bashir.
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Aquilo que poderia ser uma excelente noticia, um exemplo forte do avanço civilizacional testado por uma estrutura supranacional, vai acabar em mais uma argolada - os experts deliberaram sem avaliar a correlação de forças na respectiva região, de tal forma que agora quem está que se amanhe - são já várias as ONGs que vão abandonar o Sudão, enquanto a ONU terá acréscimo de dificuldades no controlo dos senhores da guerra e na conquista da paz.
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O TPI que está impedido genéticamente de se transformar numa estrutura credível, por clamorosa insensatez, vai acabar por reacender um conflito que já matou centenas de milhares de pessoas.
5 comentários:
Oh Broncas, até já me habituei às suas “mordazes” análises políticas, mas você leva sempre as coisas ao exagero, eu também não sou “fan” do Aznar, do Barroso, e muito menos do Bush, mas compará-los ao Omar al Bashir… porra homem já uma vez discordei consigo por causa do facínora do Mugabe, este é outro que tal, verdadeiro assassino… já sei que p.e. o Bush não é de facto flor que se cheire, mas as mortes provocadas pelos seus devaneios, foram por assim dizer “danos colaterais”. Era presidente da mais poderosa nação e tentou defender o seu país (e outros interesses).
Extrapolando a sua análise e levando-a ao exagero, todos nós também somos culpados, porque nos calamos, olhamos para o lado, alguns escrevem em “blogges”… já é alguma coisa. E até o Broncas tem que assumir as suas culpas, porque eventualmente nunca levantou a sua voz para acusar assassinos como Staline, Mao (entre muitos outros), que o foram tanto como p.e.Hitler.
Saudações Socialistas
Jorge Beja
Srº Beja
O ArreMacho quando apareceu pela 1ªvez de forma escrita e não blog, em 2000, assentou no estilo da critica humoristica.
Ora o exagero integra a manutenção de tal estilo.
Mas no vertente caso o exagero infelizmente não é exagerado.
Al-Bashir está no poder desde 1989, somam milhões de mortes, as mais recentes no Darfur contam 300000 - o Sudão faz fronteira com 9 países um dos quais a Arábia Saudita, aliado dos States naquela região.
Nunca aceitei a passividade da ONU que se verificou ao longo de tantos anos e ainda menos o desinteresse e algumas vezes até boicote, a esta organização por parte da maior potência do mundo.
As minhas responsabilidades como cidadão,relevam-se nas minhas presenças em iniciativas como foruns, manifestações e abaixo assinados que até hoje se realizaram em Portugal de apelo à intervenção da comunidade internacional naquele caso.
Também em relação ao Iraque - ainda decorria a guerra com o Irão, quando Sadam perseguia e matava sindicalistas, comunistas e socialistas, na altura em que em Setúbal navios carregavam armas para lá. Participei em manifestações junto da delegação de negócios Iraquiana contra o regime da Sadam, então bem armado pelos States.
Voltando ao exagero - para me libertar das minhas responsabilidades,só me faltou virar espião e ir lá matar aquela besta...
Sobre Mao e Staline, tenho opinião formada, não necessito dos seus reparos. Digo-lhe apenas, corresponderem a bestialidades cometidas em nome da ideologia que abraço - irrepetíveis, desejo eu.
Concordo quase em completo consigo... mas o que lhe noto (nos seus escritos) é o constante ataque contra os vários "ditadores/assassinos" apoiados pelo E.U.A., e "nunca" o vi atacar os outros. O Saddam é um bom exemplo, atacou-o e bem quando da Guerra contra o Irão (porque era apoiado pelos Americanos), mas já não atacou os "Revolucionários Iranianos!!!" (quanto a mim menos culpados no conflito, mas também culpados), e muito menos o Saddam que para si deve ter tido amnistia porque se voltou contra os americanos; e, posso estar a ser injusto mas será que o Broncas disse/fez alguma coisa quando p.e. a U.R.S.S. invadiu o Afeganistão?
Não temos que concordar um com o outro, mas o que realmente me incomoda nos seus escritos é a dualidade de critérios.
Saudações Socialistas
Jorge Beja
Irão - o então obcessivo apoio dos STATES à monarquia, isolou os defensores de um estado laico, fazendo surgir da humilhação daquele povo a "revolução Iraniana" ideológicamente marcada pelo fanatismo religioso.
Na guerra Irão - Iraque, o potencial armamentista de ambos os lados era quase todo de origem ocidental. Portugal fornecia os dois lados - era ministro dos N. Estrang.o SrºDurão Barroso.
Afeganistão - fui desde a 1ªhora um apoiante da Revolução Afegâ e recordo-me dos esforços ocidentais para a boicotarem. Na constituição desse boicote destacaram-se a Inglaterra e a América no apoio aos contra-revolucionários Talibans a partir do Paquistão - BinLaden era então figura grata para os ocidentais.
MESMO ASSIM, NÃO ESTIVE DE ACORDO COM A INTERVENÇÃO SOVIÉTICA.
Entendi que os avanços então verificados no sentido do desanuviamento, tinham determinado um quadro geopolitico que não justificava uma actuação daquele tipo.
Lembro no entanto que tal intervenção resultou do acordo politico-militar que existia entre aqueles dois países, sendo que no âmbito do Direito Internacional não existiu desrespeito comparável ao que mais tarde se verificou naquele país, na Jugoslávia e no Iraque, mais o que à dezenas de anos acontece no médio oriente.
Um abraço, bom fim de semana.
Jorge Beja é fixe e o broncas também
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